Categoria: Existencialistas

Existencialistas

  • O que ninguém vê

    O que ninguém vê

    [vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”left-to-right”]

    Ninguém vê o amor…
    O perdão
    O destino das lagrimas que caem solitárias
    Ninguém vê o derretimento da calota polar
    E ninguém vê as pedras despencando nos desfiladeiros do mundo
    Ninguém…
    Vê…
    Ninguém

    Teus dramas silenciosos
    Tuas dores rancorosas
    Teus gritos amordaçados
    E o teu preconceito com tudo que é diferente
    Ninguém vê o tigre devorando o antílope
    E ninguém vê o início do câncer…
    Ou do infarto…
    Ninguém vê o início da cura…
    E ninguém se vê do reverso
    A carência com tantos nomes…
    As vozes que não falam em ti…

    Ninguém vê Deus ou o Diabo…
    E no meio da selva, ninguém vê a serpente se enrodilhando na vitima
    E o que fazemos aos outros com nossas palavras…
    Boas…ruins…
    Ninguém vê…
    Ninguém te vê
    Ninguém me vê…
    O revolver engatilhado por ai neste segundo…
    A violência que não é hostil
    A violência adocicada entre risos…
    Ninguém vê as ondas chegando a noite…
    E a chuva partindo de volta para as nuvens…

    Ninguém vê o neurônio virando alma…
    A alma virando carne
    Ninguém me vê…
    Ninguém vê o sagrado
    E ninguém vê o templo violado
    O adeus…
    O que se perde…
    O que se está ganhando agora…
    As amarras do passado
    Ancoras sem asas…
    Os dardos do futuro…

    E ninguém vê o arrependimento cravando suas garras na alma…
    E o cheiro do perfume
    E as raízes do baobá…fundo, fundo…
    A velhice chegando…
    O amanhã ficando breve…
    E ninguém vê a morte.
    As vezes… não sei como vivemos…
    E como temos tantas certezas da razão…
    Por tanto que não é visto…
    Você vê?

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Espaços

    Espaços

    [vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_text_separator title=”Título” title_align=”separator_align_center” color=”grey”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]Existem espaços que jamais serão preenchidos
    Estão fadados ao silencio
    E a memória…
    Existem espaços que ecoam
    Como o banco vazio da igreja
    Um toco de cigarro apagado previamente…

    Espaço de mergulho
    E o abismo que separa as emoções
    Pontes tecidas de palavras
    E o da opera antes do aplauso
    Espaço que cabem em nossos espíritos
    Espaço para estacionar o carro?
    Espaços que fogem…
    Lacunas e buracos
    Que não se preenchem com nada…
    Nem amor
    Dinheiro
    Rancor…

    O passado retornando… É fatal
    São as crateras lunares em você, em mim…
    A beleza desmedida do fim…
    E o risco cheio de esperança do novo…
    O medo cala
    No próximo passo…
    Tudo torna a ficar bem…
    Com você emergindo do próprio espaço.

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Gota d’água

    Gota d’água

    [vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]A rua sem saída
    O beco escuro
    A arma engatilhada
    Uma doença terminal
    Uma agulha um segundo antes de tocar a pele
    Um isqueiro aceso
    A lâmpada que se apaga
    A última gota
    O aceno final
    O sim e o não
    O grito antes da colisão
    A rota errada
    O que deu errado
    O remédio tardio
    A despedida
    Lagrimas solitárias
    O cão atropelado
    Um balão de aniversario que o vento leva
    A picada que matou Janis Joplin
    A beira do abismo
    A freada por um triz
    Entrando no hospital vivo e saindo morto
    O filho que não nasceu
    A saudade sufocante
    Um coração que não se apaixona
    Uma cicatriz no rosto
    O demônio tomando a tua alma
    O pesadelo de olhos abertos
    A flor esmagada
    Você insatisfeita com tudo a tua volta
    O poço ficando seco

    Gotas d´agua
    Chuva da alma
    Orvalho do espirito
    Seiva exprimida coração
    O que faz transbordar, e o que te salva depois
    O que se expurga polindo tuas asas de aço
    Volta a boa trilha
    Entre abraços e ternura
    No fundo é isso que todos queremos
    Ainda que por vias errada
    Queremos que nossas gotas encontrem o mar.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_accordion][vc_accordion_tab title=”Seção 1″][/vc_accordion_tab][vc_accordion_tab title=”Seção 2″][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][/vc_row]

  • Castelinho

    Castelinho

    [vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_column_text]Construí castelos de pedra
    Na certeza que jamais se desfariam
    O tempo veio e desfez meu castelo
    Indignei-me com o tempo
    Com o mundo
    E comigo…
    Então refleti
    Mudei minha direção
    Construí novamente
    Castelos tecidos de sonhos
    Mas o tempo veio novamente…
    Só que o que escrito está na alma
    O tempo não rouba, não devora…
    Meu castelo ainda existe
    E o Seu?

    [/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][vc_gallery type=”flexslider_fade” interval=”3″ images=”6591,6590,6589″ onclick=”link_image” custom_links_target=”_self”][/vc_column][/vc_row]