Categoria: Existencialistas

Existencialistas

  • O Fio da Literatura  |  O Contraponto |  Aldous Huxley

    O Fio da Literatura | O Contraponto | Aldous Huxley

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    “…é a imaginação com seus princípios, sua tradição, sua educação.
    Abandonem-se os instintos a si mesmo, e veremos como eles hão de causar pouco dano. Se os homens amassem somente quando levados pela paixão, sele se batessem unicamente quando estão irados ou aterrados, se eles só se aferrassem á propriedade quando tivessem necessidade ou quando fossem arrastados por um desejo incontrolável de posse – então ,eu lhe garanto, este mundo se pareceria muito mais com o Reino dos Céus do que se parece agora, sob o nosso presente regime cristão-intelectual-cientifico.
    Não é o instinto que faz os Casanovas, os Byrons, as Ladies Castlemaines:é uma imaginação e prurido, que esporeia artificialmente o apetite, que acicata desejos sem existência natural.
    Se os Dom-Juans e as Donas-Juanas obedecessem somente a seus desejos, teriam muito poucas intrigas. Eles tem de excitar a si mesmos em imaginação antes de poderem afundar nos seus amores promíscuos. E o mesmo se passa com os outros instintos.
    Não foi o instinto de posse que tornou a civilização moderna louca por dinheiro. Para isso é preciso que o instinto de posse seja sem cessar excitado artificialmente pela educação, pela tradição e pelos princípios morais. É necessário que se repita aos amontoadores de dinheiro que amontoar dinheiro é coisa natural e nobre, que a economia e a indústria são virtudes, que persuadir as pessoas a comprar aquilo que não tem necessidade é um dever cristão.
    Seu instinto de posse não seria nunca bastante forte para impeli-los a amontoar sem cessar, da manhã a noite durante toda vida. É necessário que ele seja constantemente excitado pela imaginação e pela inteligência… Depois pense na guerra civilizada. Ela nada tem haver com a combatividade espontânea.
    Os homens precisam ser constrangidos por lei e depois excitados pela propaganda ,para se baterem. Far-se-ia um trabalho muito mais eficiente em favor da paz se se dissesse que obedecessem aos reflexos espontâneos de seus instintos belicosos , do que fundando não importa quantas Ligas das Nações.”
    CONTRAPONTO – Aldous Huxley

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  • O Fio da Literatura | Bagana na Chuva | Mário Bortolotto

    O Fio da Literatura | Bagana na Chuva | Mário Bortolotto

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    “…sempre tem uma hora que o bar submerge, e me agarro a mesa e espero pintarem os tubarões ou o crocodilo tic-tac. Não sei o que há nessas noites que me fazem querer sair correndo e me acorrentam frente a um copo, me faz rabiscar guardanapos molhados de vodka, me deixam cego pra babies lindas do lugar.
    A noite tira uma na minha cara, me dá tapinhas sacanas nas costas. A noite é uma nuvem forjada por Hefáistos me agarrando o pescoço. Vem que tem night. Pluto lá fora consolando Leila solicitamente com tímidos beijos no pescoço. Júlio César monologando na calçada contando pra calota de uma Brasília como é dura a vida de um programador alcoólatra. Essa imagem do vento trazendo notícias ruins vai sempre me acompanhar.
    Que merda. To ficando piegas como um bêbado. As palhaçadas de sempre no meio da rua, garrafas quebradas e eu me deitando na faixa de segurança. Respeitosamente pelo aos céus, que se tem que ser, então que seja um Volkswagen”.
    Extraído da obra: Bagana na Chuva de Mário Bortolotto

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  • O Fio da Literatura | Aldous Huxley

    O Fio da Literatura | Aldous Huxley

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    A dor de cada um, é única. “Há dores confessáveis, sofrimentos de que nos podemos positivamente orgulhar. A perda de um ente que nos é caro, a partida, o sentimento do pecado, o medo da morte – de tudo isso os poetas já falaram com eloquência .Tais dores se impõe a simpatia do mundo.
    Mas há também angustias vergonhosas, não menos cruciantes do que as outras e da quais , no entanto, o paciente não ousa nem pode falar.
    A angustia do desejo contrariado, por exemplo Essa era a angustia que Walter carregava consigo pela rua. Era dor, raiva, desapontamento, vergonha e desespero combinado. Ele tinha a impressão de que a sua alma estava em agonia de morte. E, no entanto, a causa era inconfessável, baixa e mesmo ridícula.
    Suponhamos que um amigo então o encontrasse e lhe perguntasse por que ele tinha um ar tão infeliz. Responderia: -Eu estava em colóquio amoroso com uma mulher quando fui interrompido, primeiro pelos gritos dum papagaio e depois pela chegada duma visita.
    O comentário a essa confissão seria uma gargalhada enorme de zombaria. E a sua confissão se converteria numa anedota de sala.
    E, no entanto, Walter não estaria sofrendo mais se tivesse perdido sua mãe…”
    O Contraponto – Aldous Huxley

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  • Fio da Navalha | Filmes Dizem…

    Fio da Navalha | Filmes Dizem…

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    O Conto da Aia
    Afinal o melhor para quem?

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  • Pérola do dia |  Andy Warhol

    Pérola do dia | Andy Warhol

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  • Pérola do dia  |  O Mestre Belchior

    Pérola do dia | O Mestre Belchior

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  • Pérola do Dia| Nelson Rodrigues

    Pérola do Dia| Nelson Rodrigues

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