Categoria: Fio da Poesia

Poética

  • O Fio da Poesia    |  Um sorriso pra recordar

    O Fio da Poesia | Um sorriso pra recordar

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    Nós tínhamos peixes dourados que ficavam rodando e rodando
    no aquário sobre a mesa perto de panos de pratos encardidos
    cobrindo a moldura da janela e
    minha mãe, sempre sorrindo, querendo que fossemos todos
    felizes, me disse, “seja feliz Henry!”
    e ela estava certa: é melhor ser feliz se você
    pode
    mas meu pai continuava a bater nela e em mim pelo menos uma vez por semana
    enquanto se pisava por dentro com toda sua altura porque ele não podia
    entender o que se passava dentro dele.
    minha mãe, pobre peixe,
    querendo ser feliz, apanhando duas ou três vezes por
    semana, me dizendo pra ser feliz: “Henry, sorria!
    por que você nunca sorri?”
    e então ela pode demonstrar como sorrir, e foi o sorriso mais triste que eu já vi
    um dia os peixes dourados morreram, todos os cinco que havia,
    flutuaram na água, de lado, com seus
    olhos ainda abertos,
    e quando meu pai chegou em casa atirou eles pro gato
    no chão da cozinha e nós assistimos enquanto minha mãe
    sorria.
    Charles Bukowski

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  • O Fio da Poesia | Paula Taitelbaum

    O Fio da Poesia | Paula Taitelbaum

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    Salvem as palavras extintas
    Flertes, bordões, reclames
    Slacks ou brim curingas
    Salves as meninas de família
    Com seus broches, berloques
    Anáguas e mobílias
    Salvem o religo cuco
    A escarradeira, os carpins
    O flit e anão de jardim
    Salvem a avos de antigamente
    Suas histórias
    E seus pingentes
    Salve a despensa
    O rolo de massa e o de cabelo
    O colecionador de maços e o de selos
    Salvem tudo que não existe mais
    Porque ainda gosto de olhar para trás.

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  • O Fio da Poesia | Charles Bukowski |Poema de amor para uma Stripper

    O Fio da Poesia | Charles Bukowski |Poema de amor para uma Stripper

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    Poema de amor para uma Stripper
    50 anos atras eu observava as garotas
    Rebolando e fazendo strip-tease
    No Burbank e no Follies
    E era muito triste
    E muito dramático
    E a luz mudava de verde para
    Roxo para rosa
    E a musica era alta e
    Vibrante,
    Agora sento aqui estra noite
    Fumando e bebendo
    Ouvindo musica
    Clássica
    Mas ainda me lembro de alguns de
    Seus nomes: Darlene, Candy, Jeanette
    e Rosalie.
    Rosalie era a
    Melhor, sabia como fazer.
    E nps girávamos em nossos assentos e
    Faziamos barulhos
    E Rosalie dava magia
    Para os solitários
    Tanto tempo atras.
    Agora Roalie,
    Ou tão absolutamente velha ou
    Tão tranquila embaixo da
    Terra,
    Este é o garoto
    Com o rosto cheio de espinhas
    Que mentiu sobre sua
    Idade
    Apenas para ver
    você
    Você era boa, Rosalie,
    Em 1935,
    Boa o bastante para lembrar
    Agora
    Quando a luz é
    Amarela
    E as noites são
    Lentas.

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  • O Fio da Poesia  |   Paula Taitalbaum

    O Fio da Poesia | Paula Taitalbaum

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    Por trás daquela persiana
    Esconde-se um insano
    Insensato
    Mundano
    Com seu modos
    Mudos
    Sujos
    Não Vejo
    Mas percebo
    Que dentro daquela janela
    Mora
    Chora
    Devora
    Uma fantasia
    Um alimento
    Da imaginação
    Que se cria
    Numa tarde de tesão.

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  • Navalhadas Curtas – Máscara e o Cigarrão

    Navalhadas Curtas – Máscara e o Cigarrão

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Navalhadas Curtas – Máscara e o Cigarrão

    O pitoresco é a comedia dos incautos.
    Eu o vi ainda pouco, ele trafegava lentamente em uma bicicleta rendida nas imediações do Big, lançava sua fumaça blue como uma locomotiva humana antiga, rua oxigênio, liberdade e nuvens.
    Jamais julgo nada ou ninguém.

    Então prestei mais atenção ao nosso maquinista e percebi que ele estava de máscara amarela e o cigarro como um efeito magico encontrava seus lábios misteriosamente… é claro meu caro Watson, ele fez um pequeno buraco na máscara.

    Prazer e proteção devem andar juntos.
    Comentei o fato com o tio Fabio, que com sua rara percepção da vida e do universo disse-me:
    -Todos nos protegemos de acordo com nosso entendimento em um momento, em um momento…

    Fio da Navalha

    .[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Fio da Poesia – Nadna Corpo De Mulher

    Fio da Poesia – Nadna Corpo De Mulher

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Nadna Vieira – Corpo de Mulher

    A noite estava fria, mas a inspiração estava incandescente, como a vida, que pulsa e ferve em nossas veias. Estávamos assim, entre goles de bom vinho e poesia.

    Sarau da Navalha Leituras Marginais convidou Nadija e ela trouxe belíssima leitura. Corpo de Mulher.

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://youtu.be/oTdDVnuN7q8″ title=”Fio da Poesia – Nadna Corpo De Mulher”][/vc_column][/vc_row]

  • Precisão | Valder Valeirão & Cardo Peixoto

    Precisão | Valder Valeirão & Cardo Peixoto

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Muitas pessoas dizem que tenho facilidade com as palavras, que sou poeta, que sei me expressar… e eu até acredito que poderia escrever algo bonito e significativo sobre esse trabalho, talvez por passar a vida ouvindo música, talvez por trazer um pouco de poesia no olhar, talvez por amar profundamente essas duas expressões da alma humana… mas verdadeiramente não tenho palavras para expressar o que sinto e convido a todos que gostam de música e poesia a escutar o EP precisão, idealizado, gravado, produzido e generosamente dividido comigo pelo Cardo Peixoto.

    Gracias infinitas meu querido, por tudo, desde sempre e pra sempre!

    só clicar no link abaixo e curtir!

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://youtu.be/VJX1zRh9nuo” title=”Precisão | Valder Valeirão & Cardo Peixoto”][/vc_column][/vc_row]