[vc_row][vc_column][vc_column_text]Pelotas Por aí – Não, não é uma calcinha é um novo tipo de lixo que tenho encontrado pelas ruas de Pelotas ![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_single_image image=”20152″ title=”Pelotas Por aí – Não é Calcinha”][/vc_column][/vc_row]
Categoria: Textos
-
Fio da Literatura – Animal Tropical
[vc_row][vc_column][vc_column_text]“Subo as escadas pouco a pouco. Estou morto de tanto rum. Aí caramba, agora me lembro, que não comi nada!
No sétimo andar, bato na porta de Glória. Várias vezes, por fim ouço alguém vindo e perguntando:” Quem é?” .”Pedro Juan”.
Abrem a porta.
É a mãe de Glória.Pergunto:” E Gloria?”.
A velha bloqueia a porta e me diz, hesitante, um pouco nervosa.
-Ela não sabia que você vinha hoje…são três da manhã.
-E daí? -Bom, é que…
-Me deixe passar.
-Não, é que…
-Me deixe passar. Ela está com alguém no quarto.
-Fale baixo que vai acordá-la. E você sabe como ela é.
-Não falo baixo porra nenhuma! Me deixe passar.Nesse atropelo, Gloria sai do quarto, meio dormindo:
-Que zona é essa?
-Zona porra nenhuma. É sua mãe que não me deixa passar.
Atrás de Gloria sai um homem do quarto. De cueca. Quando o vejo me gela o sangue. É branco, de baixa estatura, e peludo como um urso. Deve ter a minha idade. Talvez um pouco mais.
Fico sem saber o que dizer. Paralisado. É como se todo o prédio caísse em cima da minha cabeça. Dou meia volta e continuo subindo a estada até a cobertura.A porta se fecha atrás de mim. Me sinto o sujeito mais cachorro e humilhado do mundo. Abro a porta com os olhos rasos água.
Quem é idiota a ponto de se apaixonar por uma puta?
Um homem de minha idade tem de agir com mais prudência. Pensar um pouco mais. Quando porra vou aprender a não me apaixonar? Me joguei na cama sem tirar os sapatos, repetindo para mim mesmo:” É preciso manter a distância, Pedro Juan, é preciso manter a distância.”Animal Tropical – Pedro Juan Gutierrez.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
-
Fio da Poesia – Nadna Corpo De Mulher
[vc_row][vc_column][vc_column_text]Nadna Vieira – Corpo de Mulher
A noite estava fria, mas a inspiração estava incandescente, como a vida, que pulsa e ferve em nossas veias. Estávamos assim, entre goles de bom vinho e poesia.
Sarau da Navalha Leituras Marginais convidou Nadija e ela trouxe belíssima leitura. Corpo de Mulher.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://youtu.be/oTdDVnuN7q8″ title=”Fio da Poesia – Nadna Corpo De Mulher”][/vc_column][/vc_row]
-
Precisão | Valder Valeirão & Cardo Peixoto
[vc_row][vc_column][vc_column_text]Muitas pessoas dizem que tenho facilidade com as palavras, que sou poeta, que sei me expressar… e eu até acredito que poderia escrever algo bonito e significativo sobre esse trabalho, talvez por passar a vida ouvindo música, talvez por trazer um pouco de poesia no olhar, talvez por amar profundamente essas duas expressões da alma humana… mas verdadeiramente não tenho palavras para expressar o que sinto e convido a todos que gostam de música e poesia a escutar o EP precisão, idealizado, gravado, produzido e generosamente dividido comigo pelo Cardo Peixoto.
Gracias infinitas meu querido, por tudo, desde sempre e pra sempre!
só clicar no link abaixo e curtir!
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://youtu.be/VJX1zRh9nuo” title=”Precisão | Valder Valeirão & Cardo Peixoto”][/vc_column][/vc_row]
-
O Fio da Literatura: Pedro Juan Gutierrez
[vc_row][vc_column][vc_column_text]O Fio da Literatura: Pedro Juan Gutierrez
“Ai, sim fiquei sozinho.
O ar ao meu redor ficou mais leve.Para mim era trabalho aceitar a solidão. Era difícil aprender a me auto abastecer. Eu continuava achando que era impossível. Ou que era desumano.
“O homem é um ser social”, tinham me repetido muitas vezes. Isso, mas o calor do trópico, o sangue latino, minha mestiçagem fabulosa, tudo conspira ao meu redor, como uma rede, me incapacitando para a solidão.
Esse era o meu problema e o meu desafio: aprender a viver e a desfrutar dentro de mim. E a questão não é simples: hindus, Chineses, japoneses todos os que tem culturas milenares dedicaram boa parte do seu tempo a desenvolver filosofias e técnicas de vida interior. Mesmo assim, todos anos se suicidam no mundo uns tantos milhares de pessoas esmagadas por sua própria solidão. E não é que o sujeito escolha ficar sozinho. É que, pouco a pouco, vai-se ficando sozinho. E não há remédio. É preciso resistir.
Chega-se a uma imensa planície deserta e não se sabe que porra fazer. Muitas vezes se pensa que o melhor é não pensar muito em si mesmo e na maldita solidão, que fica aguda quando se esta isolado e em silencio.
Bom, pois é preciso entrar em ação. E a gente sai por aí. Em busca de um amigo, ou de uma mulher que nos de um pouco de sexo. Não sei. Alguém, para não ficar sozinho, porque já se sabe que quando se está assim o rum deprimem mais ainda. Um pouco de sexo talvez. E senão, pelo menos um amigo.
Fiquei pensando nisso tudo me pus de pé de um salto e ri. Gostosamente. Um bom sorriso, desnecessário e absurdo, é um tônico. Sempre dá resultado comigo. E se consigo aguentar uns minutos e rir por dentro e por fora, melhor ainda. Vou, pensei.
E fui procurar um amigo”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
-
Fio da Literatura – Mandrake
[vc_row][vc_column][vc_column_text]Citação, Mandrake
“Ninguém nega a existência da “transgressão passional”, nega-la seria negar a paixão, que é a mais vibrante das realidades humanas, ninguém nega a lagrima, a suplica, a angustia, o desespero, a exaltação, o delírio, e a vida as vezes é tudo isso, a tempestade desencadeada dentro de uma alma”
Mandrake: A Bíblia e a bengala
por Rubem Fonseca[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
-
Fio da Literatura | Insaciável Homem Aranha
[vc_row][vc_column][vc_column_text]Fio da Literatura – Insaciável Homem Aranha
Trecho Solto…
“ Por volta das seis da tarde o tempo nublou e começou a chover com muito vento. Era um aguaceiro torrencial. Fechei as janelas e coloquei numero dois de Brahms, em fá maior. Servi para mim um copo de rum puro, e fiquei olhando detidamente aquela torrente de água se precipitando sobre o mar e sobre a cidade.
Ando pela casa e rejo a orquestra. Allegro no tropo. Rejo com perfeição. Isto é que é vida! A solidão, a música perfeita, o rum, a fúria da água e os trovões. E eu esplendido e maravilhoso exemplar único.
Todas as minhas mulheres do bairro que detestam sinfonias e a opera. Mas não importa. Aqui estou eu sozinho.
Me embebedando com meu sócio Brahms.
Tirei o short e a camiseta e sai nu para o terraço para me encharcar no diluvio frio.Os relâmpagos e os trovões. Tudo ao meu redor esta cinzento. Uma torrente cerrada de chuva cai sobre a cidade, e escuto Brahms vibrando. Allegro com spirito.
Que porra!
Eu, o melhor de todos!
Quem disse que não vale a pena?!”Pedro Juan Gutierrez – O Insaciável Homem
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]