Tag: Escritor

  • O Fio da Literatura-Pedro Juan Gutierrez.

    O Fio da Literatura-Pedro Juan Gutierrez.

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]“Mas a diretora da radio – era uma negra filha de Oxum, mas falava alemão e gosta de passar por elegante e comedida – me dizia que aquelas notas eram corretas e sensatas. sempre as qualificava do mesmo jeito. E isso era insuportável.

    Desde então me incomodam muito essas duas palavras: correto e sensato. São falsas e pedantes. Servem para ocultar e mentir. Tudo é incorreto e insensato.

    Toda a história, toda a vida, todas as épocas foram incorretas e insensatas. Nos mesmos. Cada um de nós, por natureza, é incorreto e insensato, só que nós reprimimos para voltar para o cercado como boas ovelhas, e aplicamos rédeas e mordaças em nós mesmos”.

    Pedro Juan Gutiérrez.

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Cia.Cem Caras de Teatro- Nadim Nadinha Contra O Rei de Fuleiró

    Cia.Cem Caras de Teatro- Nadim Nadinha Contra O Rei de Fuleiró

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Apresentou-se ontem  07 |Setembro| 2019 no Teatro do IFSUL Pelotas, o grande espetáculo que foi simplesmente maravilhoso.

    Flavio Dornelles e grande elenco encantaram o publico trazendo esta peça tão apropriada ao momento que vive nosso Pais.

    “A história se repete, sim a história se repete, a primeira vez como tragédia e, a segunda como farsa”, escreveu Marx no 18 Brumário de Luís Bonaparte.

    Nadim Nadinha contra o rei de Fulleiró, ciente dos vetores que condicionam os acontecimentos históricos e suas representações estéticas, Mário Brassini, assim como outros dramaturgos, que integraram os núcleos de teatro da INE (União Nacional dos Estudantes) utiliza-se do gênero dramático farsa para reconstruir a cena brasileira de anos de chumbo da ditadura militar.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery type=”nivo” interval=”3″ images=”19747,19748,19749,19750,19751,19752,19753,19754,19755,19756,19757,19758″ img_size=”800×600″ title=”Fotos Nadim Nadinha Contra o Rei de Fuleiró”][/vc_column][/vc_row]

  • Fio da Navalha Entrevista | Escritora | Joice Lima

    Fio da Navalha Entrevista | Escritora | Joice Lima

    Atriz desde os 16 anos, artista ,diretora de teatro, dramaturga e escritora.
    Joice aceitou bater um papo com o Fio da Navalha.


    Ela falou sobre tudo um pouco, sua vida, suas experiencias, sua viagens, seus caminhos e desejos de futuro.
    Um papo muito bacana com essa pessoa criativa, talentosa e profundamente inspirada.


    Diz Joice: “Para mim escrever é muito mais que criar uma história com início, meio e fim. É entretenimento, sim, mas também é uma catarse. Preciso dar o meu grito. Por meio dos meus personagens, liberto minhas emoções, eles dizem o que eu preciso dizer”.

    Hortênsias de Agosto é o terceiro livro de Joice.
    Em 2006 publicou o thriller “Amor doentio de mãe” e, em 2008, o romance autobiográfico “Uma gaúcha em Madri”, ambos com edição esgotada.
    Atriz e diretora de teatro, tem vários textos de sua autoria montados pela Companhia Pelotense de Repertório Teatral, da qual é mentora (2007).
    Confira este papo, foi lindo, fica aqui o nosso agradecimento de toda equipe do Fio da Navalha a Joice Lima.

    Salve Hortênsias de Agosto.

  • Teaser Entrevista | Joice Lima | Artista/Escritora

    Teaser Entrevista | Joice Lima | Artista/Escritora

    [vc_row][vc_column][vc_column_text css_animation=”appear”]Aqui apenas um tira gosto do bate papo com a artista/escritora Joice Lima.

    Temas como sua carreira, seus projetos e seu mais novo livro Hortênsias de Agosto e outros tantos assuntos que também envolvem nossa cidade estarão em breve na integra.

    Aguardem.

    Fio da Navalha.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://youtu.be/iHyxYOukRcc” title=”Teaser Entrevista – Joice Lima – Artista/Escritora”][/vc_column][/vc_row]

  • Fio da Poesia | O rosto

    Fio da Poesia | O rosto

    [vc_row][vc_column][vc_column_text css_animation=”top-to-bottom”]

    O que vi não era um rosto

    O que vi era um rasgo

    Uma alma mastigada

    Cabelos em desalinho

    Vida em desalinho

    Semblante massacrado, como um escravo sem grilhões

    Um beco sem recuo

    Tão livre

    Tão preso

    Tão nada

    Sentado no pé de uma arvore

    A espera de um alivio

    Um segundo…

    Um minuto…

    O que for…

    Tudo nele era um grito que os surdos não ouvem

    Que cegos não veem

    Aquela arvore um altar feito de tragédias

    As rugas deste rosto, eram expressões tecidas de amargura

    De fim da estrada

    De derrota

    Perdição e esperanças que escoam

    E meu coração pesou em mim

    Minha alma não pode voar para além

    Estava ancorado ao desconhecido

    tão perto

    Mas ao que o silencio deste rosto gritou, gritava, grita

    Desespero de abismo

    Lembranças doloridas

    Eu queria saber o porque

    O como aquele homem, chegou naquele estado?

    Você sabe?

    Você sente?

    Que guilhotinas lhe haviam amputando…

    Corpo, alma e espirito

    Que segredos peçonhentos foram desfigurando…assim…

    Como a ferrugem ao ferro

    O câncer a carne

    A dor lhe fez um sulco profundo na testa

    Seus olhos se exprimiam

    Vertendo lagrimas que ele tentava em vão enxugar

    O olhei nos olhos

    Vi que…

    Não era a sua roupa puída, suja e rasgada…

    Não era sujeira do corpo

    Não aos dejetos que ele fez em si mesmo…

    Não as unhas compridas e imundas

    Não era a fome ou sede

    Os pés descalços

    Ou o brilho apagado do seus olhos

    Que segredo havia nele

    E uma vez mais minha alma quis plainar

    Mas eu havia sido atingido

    Pelo silencio…pela lagrima…

    Pelo inevitável

    Por mim…e por você…

    Teu rosto não é só um rosto

    E nem o meu…

    E ali naquele momento algo muito grave aconteceu

    Sem que nenhum de nós tivesse percebido

    Afinal quando percebemos?

    Fio da Navalha

     [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Todas Mulheres em Mim Poesia – Soraia

    Todas Mulheres em Mim Poesia – Soraia

    [vc_row][vc_column][vc_column_text css_animation=”none”]Dentro do Projeto Todas as Mulheres em Mim, vamos expondo uma sequência de poemas de convites que fizemos aos amigos do Fio da Navalha.

    Estes poemas vão nos acompanhar dentro do projeto que está em aberto ainda e teremos muitas outras participações especiais, aguardem por mais.
    Hoje trazemos a poesia: Soraia

    ——————————————
    Soraia

    Ela sempre foi assim
    Havia um traço de algo a ser dito
    Um fiapo solto em suas costuras
    Silencio que abarcava lacunas
    E a voz que não dizia tudo

    Soraia sorri
    Soraia finge
    Soraia desfaz

    Falava de muitas coisas
    Detalhes ínfimos de cotidiano
    Entre as suas pendencias de casa, marido e filhos
    Dizia: reclamam tanto, eu nunca agrado
    Eu não concordava
    Ela seguia uma entrega sem freios
    De um ideal inalcançável

    Soraia guiada pela palavra alheia
    Soraia não interpretava a si
    Soraia gentileza e excessos

    Dias atrás ela me disse que iria mudar tudo
    Seria mais livre, empoderada
    Quebraria as regras
    Isso era o que faltava,
    Sempre faltava algo
    Havia um traço feliz em seu olhar
    Um desejo tão sincero capaz de atravessar distâncias

    Então vi Soraia uma vez mais
    Ela sorria em seu salto alto
    Tive olhar para cima
    Ela estava despida de passado
    As ânsias deitaram-se e sonharam
    E o silencio disse em segundos
    O que anos calaram.

    Fio da Navalha.

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Todas as Mulheres em Mim – Poesia – Glória

    Todas as Mulheres em Mim – Poesia – Glória

    [vc_row][vc_column][vc_column_text css_animation=”none”]Dentro do Projeto Todas as Mulheres em Mim, vamos expondo uma sequência de poemas de convites que fizemos aos amigos do Fio da Navalha.

    Estes poemas vão nos acompanhar dentro do projeto que está em aberto ainda e teremos muitas outras participações especiais, aguardem por mais.

    Hoje trazemos a poesia: Glória.


    Glória

    Glória chega em casa

    Esta exausta

    O dia pesa e sua cabeça também

    Joga-se no sofá

    Acende um cigarro

    E ali seu momento de Glória

    Deixa o silencio preencher os vazios

    Se deixa levar por…

    Glória uma tragada

    Gloria quietude

    Gloria quer ar

    Não gosta de estar assim

    Precisa que alguma coisa arranque a solidão

    Liga a televisão

    Liga o rádio

    Acende todas as luzes

    Então telefona para uma amiga

    Fala, fala e fala,

    E não diz absolutamente nada

    Lembra de Francisco

    O quanto o amava

    Até que descobriu tudo

    A verdade não foi boa para ela

    A verdade estragou sua vida

    Descobrir a outra, foi o pior que podia ter ocorrido

    E por um breve instante

    Desejou que sua vida fosse ainda uma mentira… por favor…

    Gloria olhos vendados

    Gloria resvalando em sonhos

    Gloria viagem ao passado

    E como concertar isso Glória?

    Seus olhos se enchem de lagrimas

    E o coração quer voar novamente

    Mas não consegue

    Observo Gloria e a chamo para perto de mim

    E abraço forte

    Sou o dique de suas dores

    Gloria não é assim

    Não precisa ser assim

    O futuro é uma promessa

    Mas as correntes devem ser rompidas

    Abandonar os estragos

    Aliviar o navio da velha carga

    Para que ele flua

    Beijando as marés

    Glória…

    Venha Glória

    O tempo nos carrega

    E o amanhã não espera por ninguém

    Gloria sorri

    Gloria asas que se abrem

    Gloria voou

     

    Fio da Navalha

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]