Tag: Escritor

  • O Fio da Literatura | Henry Miller

    O Fio da Literatura | Henry Miller

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    Desde o comecinho, devo ter-me treinado para não querias nada muito a sério. Desde o comecinho fui independente, de uma maneira falsa.
    Não precisava de ninguém, pois queria ser livre, livre para fazer e dar apenas o que ditassem meus caprichos. Assim que se espera ou exigia alguma coisa de mim, eu dava para trás. Foi a forma que assumiu minha independência. Era corrupto, em outras palavras, corrupto desde o começo. Era como se no leite da minha mãe houvesse veneno, e embora eu tenha sido desmamado cedo, o veneno jamais deixou meu organismo. Até mesmo quando ela me desmamou, parece que fiquei completamente indiferente: a maioria das crinas se rebela, ou finge rebela-se, mas eu estava cagando. Era um filosofo quando ainda usava fraldas. Eu era contra a vida, por princípio.
    Que princípio?
    O princípio da futilidade. Todos a minha volta se empenhavam. Eu mesmo jamais fiz o menor esforço. Se parecia fazer algum esforço, era apenas agradar a alguém; no fundo, estava cagando mesmo. E se você puder me dizer por que tinha de ser assim, eu nego, porque nasci como o diabo no corpo e ninguém pode elimina-lo.
    Soube mais tarde, quando já adulto, que tiveram um trabalho do cão para ne arrancar do ventre. Entendo isso perfeitamente. Por que me mexer? Por que sair de um lugar quente bacana, um aconchegante retiro onde nos oferecem tudo de graça?
    A mais antiga lembrança que tenho é do frio, da neve e do gelo na sarjeta, da geada nas vidraças da janela , do frio das suadas paredes verdes da cozinha. Por que as pessoas vivem em climas bárbaros nas zonas temperadas, como são equivocadamente chamadas? Porque são naturalmente idiotas, naturalmente preguiçosas, naturalmente covardes. Ate cerca dos dez anos de idade, jamais compreendi que havia países quentes, lugares onde não se tinha de ganha a vida com o suor, nem tremer de frio e fingir que isso era tônico e excitante.
    Trópico de Capricórnio – Henry Miller

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  • O Fio da Literatura | Porno  Pop Pocket

    O Fio da Literatura | Porno Pop Pocket

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    la Tem um ritmo
    Que é so dela
    Mãos que vão
    E logo já vem
    Seios soberbos
    Que sobrem
    E descem
    Ancas que balançam
    Sob o vestido erguido
    Coxas molhadas
    A se roçar.
    Ela lava roupa
    No tanque
    Envolvida
    Na quietude
    Daquele olhar
    De menino.
    Paula Taitelbaum
    Porno Pop Pocket

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  • Pérola do Dia | Mestre Nelson Rodrigues

    Pérola do Dia | Mestre Nelson Rodrigues

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  • O Fio da Poesia | Charles Bukowski |Poema de amor para uma Stripper

    O Fio da Poesia | Charles Bukowski |Poema de amor para uma Stripper

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    Poema de amor para uma Stripper
    50 anos atras eu observava as garotas
    Rebolando e fazendo strip-tease
    No Burbank e no Follies
    E era muito triste
    E muito dramático
    E a luz mudava de verde para
    Roxo para rosa
    E a musica era alta e
    Vibrante,
    Agora sento aqui estra noite
    Fumando e bebendo
    Ouvindo musica
    Clássica
    Mas ainda me lembro de alguns de
    Seus nomes: Darlene, Candy, Jeanette
    e Rosalie.
    Rosalie era a
    Melhor, sabia como fazer.
    E nps girávamos em nossos assentos e
    Faziamos barulhos
    E Rosalie dava magia
    Para os solitários
    Tanto tempo atras.
    Agora Roalie,
    Ou tão absolutamente velha ou
    Tão tranquila embaixo da
    Terra,
    Este é o garoto
    Com o rosto cheio de espinhas
    Que mentiu sobre sua
    Idade
    Apenas para ver
    você
    Você era boa, Rosalie,
    Em 1935,
    Boa o bastante para lembrar
    Agora
    Quando a luz é
    Amarela
    E as noites são
    Lentas.

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  • O Fio da Literatura | Tropico de Capricórnio | Henry Miller

    O Fio da Literatura | Tropico de Capricórnio | Henry Miller

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    Leitura porreta, estou relendo.
    “ Ponho-me a chorar (…)Soluço alto, feito uma criança. Agora me ocorre com toda clareza: Você está sozinho no mundo!
    Esta sozinho…sozinho…sozinho É amargo ficar só…amargo, amargo, amargo, amargo. Isso não tem fim , é insondável e meu …sobretudo o meu. Mais uma vez a metamorfose . Mais uma vez tudo oscila e tomba. Estou de novo no sonho, o sonho doloroso, delirante , prazeroso e enlouquecedor de além fronteira.
    Estou em pé no meio do terreno baldio, mas não vejo minha casa.
    Não tenho casa. O sonho era uma miragem… Minha casa não esta neste mundo, nem no próximo. Sou um homem sem lar, sem amigo, sem esposa. Sou um monstro que pertence a uma realidade ainda inexistente. Estou louco, louco, louco de dor, louco de angustia.
    Estou desesperado. Mas não perdido. Não: existe uma realidade a qual pertenço. Está longe, muito longe . Posso andar de agora até o dia do Juízo final de cabeça baixa e jamais encontrá-la. Mas ela esta lá, tenho certeza.”
    Henry Miller.
    Trópico de Capricórnio.

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  • Pérola do dia  | Bukowski

    Pérola do dia | Bukowski

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  • Navalhadas Curtas:  Me empresta um pouco de Empatia aí?

    Navalhadas Curtas: Me empresta um pouco de Empatia aí?

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    Por vezes olhamos o ser humano e não sabemos exatamente o que é e o que o move: se é a ignorância, maldade, falta de educação ou a completa ausência de sensibilidade em relação ao próximo.
    Não é à toa que tio Fabio sempre diz: de mil se salva um meu sobrinho!
    Antes eu ria agora apenas meneio a cabeça.
    Minha mãe tem sérios problemas de saúde que lhe dificulta o movimento. Tudo bem isso de certa forma faz parte da vida e ninguém está totalmente imune.
    Estou levando-a para carro nesta linda manhã e estacionado ao meu lado, um carro de luxo 2021 branco como a neve lindo realmente.
    Uma senhora estava retirando objetos de dentro dele. Eu espero ela tirar todos os objetos e fechar a porta para que siga minha rotina.
    Vou até minha condução e seguro a porta(como sempre) para que a mesma não encoste na luxuosa carruagem.
    Neste meio tempo a senhora para sua atividade no meio do caminho, e tem agora o semblante com um ar profundo de dona senhora da razão, do destino e da dor. Ela fica nos observando a mim a minha mãe.
    Entendi na hora a situação.
    Permaneci ali de guarda para evitar qualquer dano. Minha mãe se movimenta devagar. Então a senhora com ar de fúria veio para mais perto ajeitando os óculos.
    Segui me fazendo de tonto.
    Por fim a mãe termina de entrar no veículo.
    A senhora agora vem para bem perto conferir a porta do carro, inclusive passando a mão ajeitando os os óculos para conferir como um microscópio.
    Agora eu que fico olhando para ela. Então ela afasta-se um pouco e então retorna para conferir pela quarta vez se a porta não foi amassada ou algo assim!
    Então saio do meu carro e vou em direção a ela já falando: Não se preocupe senhora a porta do meu carro estava mais de um palmo do seu. Então tá tudo bem, relaxe!?
    Ela sorri amarelo com o vermelho do rosto e eu fico parado olhando para ela até que vá se afastando lentamente tome o elevador para enfim relaxar.
    Respiro profundamente a semana está só começando.
    ps: juro que não vou dizer que carro é…
    Fio da Navalha

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