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  • Fio da Poesia | O rosto

    Fio da Poesia | O rosto

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    O que vi não era um rosto

    O que vi era um rasgo

    Uma alma mastigada

    Cabelos em desalinho

    Vida em desalinho

    Semblante massacrado, como um escravo sem grilhões

    Um beco sem recuo

    Tão livre

    Tão preso

    Tão nada

    Sentado no pé de uma arvore

    A espera de um alivio

    Um segundo…

    Um minuto…

    O que for…

    Tudo nele era um grito que os surdos não ouvem

    Que cegos não veem

    Aquela arvore um altar feito de tragédias

    As rugas deste rosto, eram expressões tecidas de amargura

    De fim da estrada

    De derrota

    Perdição e esperanças que escoam

    E meu coração pesou em mim

    Minha alma não pode voar para além

    Estava ancorado ao desconhecido

    tão perto

    Mas ao que o silencio deste rosto gritou, gritava, grita

    Desespero de abismo

    Lembranças doloridas

    Eu queria saber o porque

    O como aquele homem, chegou naquele estado?

    Você sabe?

    Você sente?

    Que guilhotinas lhe haviam amputando…

    Corpo, alma e espirito

    Que segredos peçonhentos foram desfigurando…assim…

    Como a ferrugem ao ferro

    O câncer a carne

    A dor lhe fez um sulco profundo na testa

    Seus olhos se exprimiam

    Vertendo lagrimas que ele tentava em vão enxugar

    O olhei nos olhos

    Vi que…

    Não era a sua roupa puída, suja e rasgada…

    Não era sujeira do corpo

    Não aos dejetos que ele fez em si mesmo…

    Não as unhas compridas e imundas

    Não era a fome ou sede

    Os pés descalços

    Ou o brilho apagado do seus olhos

    Que segredo havia nele

    E uma vez mais minha alma quis plainar

    Mas eu havia sido atingido

    Pelo silencio…pela lagrima…

    Pelo inevitável

    Por mim…e por você…

    Teu rosto não é só um rosto

    E nem o meu…

    E ali naquele momento algo muito grave aconteceu

    Sem que nenhum de nós tivesse percebido

    Afinal quando percebemos?

    Fio da Navalha

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  • Dica de Filme-Documentário Mucamas

    Dica de Filme-Documentário Mucamas

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    O Brasil é o país com o maior número de domésticas do mundo. Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial de Trabalho, são 6,7 milhões de mulheres na função, representando 17% das trabalhadoras do país. É para ouvir a voz dessas mulheres, que o coletivo Nós, Madalenas lançou o documentário Mucamas.

    O filme joga luz sobre mulheres que dedicam suas vidas à vida de outras famílias. O que torna o projeto ainda mais especial é que as entrevistadas são mães de cinco integrantes do coletivo. Ambientado na maior cidade do país, São Paulo serve de pano de fundo para relatos intimistas que revelam a necessidade de repensarmos o papel dessas profissionais no mundo em que vivemos. Conversamos com a Ione Gonçalves, estudante de Artes Visuais e editora do documentário, que nos contou mais o coletivo e o projeto do documentário.

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    SINOPSE: O documentário conta a história da vida de mulheres que são ou já foram empregadas domésticas, escancarando suas lutas e desigualdades. Ao centro, o enraizado pensamento da casa grande sob a Senzala e o discurso do ‘trabalho e desenvolvimento’ que garante a manutenção da lógica serviçal, de herança claramente escravocrata: preconceitos, classismos, distâncias, muros, pontes, remuneração, relações de poder, patroas, empregadas.

    Narrada pelas trabalhadoras, a direção do filme é das próprias filhas, e por isso propõe também uma importante reflexão sobre representatividade e a construção de narrativas populares. Pela soberania audiovisual em todas as periferias! Pela democratização dos meios de comunicação.

    O filme foi convidado para o festival SEDA de Campinas, Festival alternativo de cinema alternativo e comunitário Ojo Al Sancocho, de Bogotá – Colômbia, venceu o Cine Gato Preto com menção Honrosa, no seminário de educação popular promovido pelo Cesaq e a UFRJ no Rio de Janeiro, e tem sido distribuído às fábricas de cultura e outros espaços culturais da cidade, como dispositivo de debate e reflexão política, social e cultural e luta das mulheres.

    Assista o filme completo no link abaixo.

    Ficha técnica:
    
    Curta metragem: 15 minutos
    
    Direção -Coletivo Nós, Madalenas
    
    Ano da Produção: 2015
    
    Gênero: documentário
    
    
    
    

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  • Dica de Filme-Flores Raras

    Dica de Filme-Flores Raras

    [vc_row][vc_column][vc_column_text css_animation=”appear”]Quando algo é raro por vezes não percebemos, atropelados pela dicotomia do dia a dia, corre existencial, então um sentimento e emoção diferenciada pode surgir, e isso muda a vida, muda o desejo, muda o olhar…

    Flores Raras é um filme ambientado no Brasil dos anos 50, e narra a história do relacionamento entre a poetisa norte americana Elizabeth Bishop e arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares. Um filme baseado em fatos reais.

    Em uma riqueza de detalhes e circunstancias, entre conturbações que envolvem qualquer relacionamento, mas os frutos advieram desta relação foram marcos artísticos: de um lado a poeta Bishop, cujo auge ocorre justamente no período que ela esteve morando no Brasil, e de um outro a idealização e construção do Aterro do Flamengo, obra arquitetônica mundialmente conhecida, nascida do gênio delirante de Lota. Em paralelo a isto o filme passeia pela política, privada e pela história brasileira naquela década de 50.

    Confira o Trailer logo abaixo:

    Ficha Técnica
    
    Título Original: Flores Raras
    
    Direção: Bruno Barreto
    
    Atores:  Glória PiresMiranda OttoTracy MiddendorfMarcello Airoldi, Lola Kirke
    
    Gênero: Drama/Romance
    
    Ano de Lançamento: 2013
    
    Duração: 118 min
    
    País: Brasil

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://youtu.be/IVDbZEd_Ims” title=”Trailer FLORES RARAS”][/vc_column][/vc_row]

  • Roberta

    Roberta

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    Roberta, Roberta

    Você esta aí?

    Silencio…

    Ela queria responder mas não podia…

    Asfixia e medo…

    Roberta brinca de viver

    Roberta brinca de morrer

    Roberta muda

    Então ela adormeceu por alguns dias

    E foi como a vida se perdendo em grãos

    Gritos não ouvidos

    Vozes indo e vindo

    E uma oração constante…como um laço de dor estendido ao céu…

    Aqueles foram dias difíceis

    Repletos de duvidas

    E por algum momento, desejou não estar ali…

    Desejou não ter agido estranhamente

    Desejou que a poeira do caminho ficasse para trás…

    Lamentos tantos

    Mas nas manhãs sublimes que a vida oferece

    De dia a dia sem esperança

    Roberta acorda

    Roberta se sente viva

    Roberta levanta-se bem devagar…

    Foi como renascer

    Rosas tenras embalando-se ao sol

    Frágil e feliz

    Caricias do vento feito de promessas

    O trágico fez o seu milagre

    E como um traço de sorriso

    Ela quis viver, viver e viver

    O mais intensamente possível…

    Roberta plana

    Roberta outra Roberta

    Roberta em nossas vidas

    A janela do quarto se abre

    A luz adentra rasgando as sombras

    Ela abraça o amanhã com serenidade.

    Este poema faz parte de uma sequencia que estou fazendo com nomes femininos, cujo objetivo final é um livro, talvez o seu nome hoje não está aqui...mas estará.
    
    Luís Fabiano

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  • Entre a cidade e a Natureza

    Entre a cidade e a Natureza

     

    Entre a cidade e a natureza

    Algo se cala

    Num discurso todo feito de silêncio

    Mas Moizes escuta…

    Com o olhar num piscar do vento

    O que fica

    O que passa

    O que se congela no tempo.

    Discurso Silencioso

     

  • Anoitecer No Pontal da Barra

    Anoitecer No Pontal da Barra

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  • Porto

    Porto

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