[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”top-to-bottom”]Jussara abre outra garrafa
E ri muito
Esta quase serena
Jussara feliz
Jussara encanto e desencanto perdido
É daquelas que desejam tudo hoje
Dança sozinha no quarto
E acalenta futuras esperanças
Jussara selvagem
Com olhos felinos…
E alma de devassa
Olhando suas formas no espelho
Uísque e gelo
Não se vê
Não me vê
Jussara canta e limpa a casa
Olha os sapatos de salto alto
Que se gastaram…
Jussara lembranças
Tem saudades…
Jussara esperanças tecidas lá no futuro
Firme e doce
Jussara cabelos encaracolados
Sorriso e álcool
Fisgando atenções tantas…
Em seu ventre vazio
Jussara brisa e tornado
Mergulhando beijos antes de amanhecer
Jussara garrafa vazia
Hoje não precisa despertar cedo…
Jussara…
Lábios e silencio.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Tag: Invisível
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Jussara
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Espaços
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_text_separator title=”Título” title_align=”separator_align_center” color=”grey”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]Existem espaços que jamais serão preenchidos
Estão fadados ao silencio
E a memória…
Existem espaços que ecoam
Como o banco vazio da igreja
Um toco de cigarro apagado previamente…Espaço de mergulho
E o abismo que separa as emoções
Pontes tecidas de palavras
E o da opera antes do aplauso
Espaço que cabem em nossos espíritos
Espaço para estacionar o carro?
Espaços que fogem…
Lacunas e buracos
Que não se preenchem com nada…
Nem amor
Dinheiro
Rancor…O passado retornando… É fatal
São as crateras lunares em você, em mim…
A beleza desmedida do fim…
E o risco cheio de esperança do novo…
O medo cala
No próximo passo…
Tudo torna a ficar bem…
Com você emergindo do próprio espaço.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
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Marlene
[vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_column_text css_animation=”appear”]Como uma madrugada enfeitada de ânimos
Estrelas de sua esperança
Ela sorri leve para vida
E suas tristezas escoam por debaixo da porta
Deslizando para os ralos…
Se sente bem em mais um dia de desafio e trabalho…
A vida nunca foi fácil
Erguer-se…
Vestir-se
Tomar o café
Sair…Marlene feliz
Marlene entre vendavais do ontem
Marlene alma de pandorgaEla chega ao trabalho e a faxina a espera sempre
Ela canta baixinho
Destilando sua atmosfera de querer e encanto
Mas nem tudo é bem entendido…
Algumas atendentes não gostam de Marlene…
Pois sua leveza quase religiosa
Faz espelhar o chumbo de vidas tão perfeitas…
E Marlene passa por entre elas…
Espuma e vento…
Não deseja conflitos…[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][vc_column_text css_animation=”right-to-left”]Marlene pensa nos filhos
Marlene precisa de comer
Marlene não se entrega fácilMas o tempo é um rival que atiça espinhos
E toda a doçura tem seus limites
Atendentes implicam, hoje e amanha
Provocam…
Reclamam de papeis que faltam em suas mesas…
O que fez a faxineira?
Foi ela… a culpa sempre é dela
Mas não foi, não.
Marlene esta cansada da injustiça
E todos cansamos…
Os olhos dela brilham…
Quase marejam ao entardecer
É preciso mudar o jogo…
Sempre precisamos mudar algo…
E na noite que se segue…Marlene reza para Santa Bárbara
Marlene canta a Iansã
Marlene entrega o destino a sua Mãe…Os dias se passam…
A resposta vem da voz sem voz…
A dignidade é um voo sobre a mediocridade
Ela segue a voz de seu silencio…
Pede para ir embora do emprego
Entregando suas verdades as certezas do destinoE ela crê
E ela é amparada
E da porta que a recebeu na entrada do emprego
Ela sai como uma gaivota singrando os céus
As tempestades que se acalmam
Certezas que se fazem
Por vir que se realiza
Eparrei Marlene.
Eparrei senhora.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row] -
Solange
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_text_separator title=”Solange” title_align=”separator_align_left” color=”violet”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”bottom-to-top”]Solange confunde-se com o sol…
Sol de Solange
Deitando carinho
Respirando arte
Quando a vi pela primeira vez, seus olhos brilhavam muito…
Chamas, chamando encantos
Solange magra
Solange sorrindo
Solange ternura
Ela entra em cena
Cotidiano, brilho e manhã
Mãe, esposa e um pouco infeliz…
O filho cresceu
O pai desapareceu
E a arte ficou
Ilha, recanto e vida
Solange pálida e preocupada
Solange fria
Solange amor
Gostava de ver Solange
No aprisco de sua paixão serena
Serena
Serena
Olhos de orvalho
Sol do entardecer
Que vai sumindo, sumindo
Deixando a noite de suas lembranças
Solange onde você está?
E naquela manhã
Que ela se foi
Tudo era um adeus na esquina
Solange perfume das estrelas
Musica silenciando
Solange adeus…
Tuas pétalas
Encontram o vento.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row] -
Isabel
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_separator color=”grey” accent_color=”#8224e3″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”bottom-to-top”]
Os olhos de Isabel brilham
Seus sonhos e brisas sem noite
Alçando o voo sem perder
Perder-se…
Não teme as quedas
Já caiu…
Sabe como são as feridas
Isabel não grita
Mas geme baixo
Chora sozinha quando precisa…
Isabel econômica…
Isabel decidida…
Por vezes olha-se no espelho
Acha um pouco estranha…
Cabelo, olhos e boca…
Gosta e sua estranheza
Sem maquiagem, sem fantasias
Clean sinceridade
Isabel feliz… Assim
Catando roupas no quarto…
Esquecendo as amarguras de ontem
Sorvendo beijos molhados hoje
Se esconde e revela
Isabel quente…
Em traços sutis de silencio
Isabel abraça com carinho…
Isabel suave
Suave
Suave
Cantando uma canção baixinho
Tecendo emoções tantas
Afagando belezas outras…
Destilando um pouco de amor…
Isabel é quase sussurro
Isabel embarcação, de amarras esquecidas lá no cais…
Voando o profundo
A espera do vento certo
Isabel a beira…
Isabel devagarinho vem…
Isabel vai por ai…
Isabel olhos e voz grave…
Bel, Bel
Isabel… Você esta aí?[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]