Tag: Mulheres

  • Navalhadas Curtas  |  Empreendedores de 20 reais.

    Navalhadas Curtas | Empreendedores de 20 reais.

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    A crise financeira está disseminada por todos os lados. Em Pelotas empreendedores de toda sorte estão aí com suas dificuldades.
    Estava na lotérica pagando contas, fila curta, protocolos e bolso esvaziando um forte cheiro de álcool gel no ar.
    Termino o pagamento e saio a porta quando estou chegando ao carro sou abordado delicadamente por uma moça de seus 25 anos mais ou menos com voz bem macia, com uma máscara preta com detalhes de renda rosada mais parecendo uma calcinha para rosto. Não sei se estava funcionado para o proposito, mas gostei.
    -Senhor, bom dia, por favor o senhor poderia me conseguir 20 reais agora?
    -Como?
    -20 reais…eu preciso.
    -Tá, mas porquê?
    -Olha senhor, eu trabalho naquela casa ali adiante, é uma casa de massagem, o senhor gostaria de ir ali? E por 50 reais o senhor terá tudo completo por 15 min.
    Eu sorri porque na saída da lotérica ser “atacado” é quase uma sacanagem ao inverso né? Tipo bolsos vazios das contas pagas eu sorri.
    -Olha moça eu te agradeço muito, mas estou satisfeito.
    -Moço então os 20 pila? Consegue?
    Fiquei no dilema quase existencial do machismo natural que nos permeia a todos. Pensei, e se fosse um cara eu daria esses 20 pila?
    Não. Eu não daria então fui equânime na minha decisão e disse pra ela até outro momento, sorte moça.
    Entrei no carro ela ficou com as mãos na cintura e eu arranquei lentamente, fiquei observando no retrovisor…e ela foi atrás de um senhor com mais idade e uma bengala…
    Fio da Navalha.

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  • Dica de Filme |  Indianara |2019

    Dica de Filme | Indianara |2019

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    Revolucionária por natureza, Indianara Siqueira lidera um grupo de mulheres transgênero que lutam pela própria sobrevivência em um lugar tomado por preconceito, intolerância e polarização.
    Desde disputas partidárias até o puro combate contra o governo opressor, a ativista de origens humildes passou por uma longa trajetória até se tornar ícone do movimento.

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  • Dica de Filme | Bixa Travesty | 2019

    Dica de Filme | Bixa Travesty | 2019

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    Neste mês Junho é o mês do orgulho, quando as comunidades LGBTQIA+
    Sinopse:
    O corpo político da cantora transexual negra Linn da Quebrada é a força motriz desse documentário que a captura em sua esfera pública e privada, ambas marcadas não só por sua presença de palco acachapante mas também por sua incessante luta pela desconstrução de estereótipos de gênero, classe e raça.

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  • O Fio da Poesia  |  Nada acontece duas vezes

    O Fio da Poesia | Nada acontece duas vezes

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    Nada acontece duas vezes
    e nunca acontecerá.
    Nascemos sem experiência,
    morreremos sem rotina.
    Mesmo se fôssemos os alunos mais desajeitados
    do mundo na escola,
    nunca mais revisaremos
    nenhum verão ou inverno.
    Nenhum dia se repete,
    não há duas noites iguais,
    dois beijos que dariam o mesmo,
    dois olhares nos mesmos olhos.
    Ontem alguém dizia
    seu nome na minha presença,
    como se uma rosa de repente caísse
    pela janela aberta.
    Hoje, quando estamos juntos,
    viro o rosto para a parede.
    Rosa? Como está a rosa?
    É flor? Ou talvez pedra?
    E por que você, hora ruim,
    se enreda em um medo inútil?
    Você é, porque você está passando,
    você vai passar – isso é lindo.
    Sorrindo, nos abraçando,
    procuremos nos encontrar,
    mesmo que sejamos diferentes
    como duas gotas d’água.
    Wislawa Szymborska

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  • Marcela Mescalina | Guia Para Não Vira Bolor

    Marcela Mescalina | Guia Para Não Vira Bolor

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    A saudade de viajar tá grande, né minha filha? 😅 Pensando nisso o episódio dessa semana do meu podcast Guia Para Não Virar Bolor coloca o pé na estrada através do cinema. Tem lista de filmes, música “ao vivo” e boas histórias ao lado do meu convidado especial e parceiro de estrada João Vicente Ferreira Sales! Pra ouvir é só clicar em um dos links abaixo:
    Anchor –
    Espero que gostem! 👩‍🎤😉

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  • O Fio da Literatura  |   Simone de BEAUVOIR.

    O Fio da Literatura | Simone de BEAUVOIR.

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    Por uma Moral da Ambiguidade
    ” Os homens de hoje parecem sentir mais vivamente mais do que nunca o paradoxo da sua condição.
    Eles se reconhecem pelo fim supremo ao qual toda a ação deve subordinar-se: mas a exigência da ação os obriga a tratarem uns aos outros como instrumentos ou obstáculos.
    Cada um deles tem nos lábios o gosto incomparável com a própria vida e no entanto cada um se sente mais insignificante que um inseto no meio de uma coletividade cujos os limites se confundem com os da terra: Talvez em nenhuma outra época tenham manifestado seu brilho e grandeza tenham sido atrozmente ultrajada.
    Apesar de tantas mentiras teimosas a cada instante e toda a ocasião a verdade vem a luz: a verdade da vida e da morte e minha solidão e de minha ligação com o mundo, de minha liberdade e minha servidão da insignificância e da soberana importância de cada homem e de todos os homens.
    Uma vez que não logramos a escapar a verdade tentemos pois olha-la de frente. Tentemos assumir nossa fundamental ambiguidade. É do conhecimento das condições autenticas da nossa vida que é preciso tirar a força de viver e razões para agir” .

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  • O fio da Literatura | Simone de Beauvoir | O Segundo Sexo

    O fio da Literatura | Simone de Beauvoir | O Segundo Sexo

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    As mulheres de nossos dias estão prestes a destruir o mito do “eterno feminino”:a donzela ingênua, a virgem profissional, a mulher que valoriza o preço do coquetismo, a caçadora de maridos, a mãe absorvente, a fragilidade erguida como escudo contra a agressão masculina.
    Elas começam a afirmar sua independência ante o homem; não
    sem dificuldades e angústias porque, educadas por mulheres num gineceu socialmente admitido, seu destino normal seria o casamento que as transformaria em objeto da supremacia masculina.
    Neste volume complementar de O SEGUNDO SEXO, Simone de Beauvoir, constatando a realidade ainda imediata do prestígio viril, estuda cuidadosamente o destino tradicional da mulher, as circunstâncias do aprendizado de sua condição feminina, o estreito universo em que está encerrada e as evasões que, dentro dele, lhe são permitidas. Somente depois de feito o balanço dessa pesada herança do passado, poderá a mulher forjar um outro futuro,
    uma outra sociedade em que o ganha-pão, a segurança econômica, o prestígio ou desprestígio social nada tenham a ver com o comércio sexual.
    É a proposta de uma libertação necessária não só para a mulher como para o homem. Porque este, por uma verdadeira dialética de senhor e servo, é corroído pela preocupação de se mostrar macho, importante, superior, desperdiça tempo e forcas para temer e seduzir as mulheres, obstinando- se nas mistificações destinadas a manter a mulher acorrentada.
    Os dois sexos são vítimas ao mesmo tempo do outro e de si. Perpetuar-se-á o inglório duelo em que se empenham enquanto homens e mulheres não se reconhecerem como semelhantes, enquanto persistir o mito do “eterno feminino”. Libertada a mulher, libertar-se-á também o homem da opressão que para ela forjou; e entre dois adversários enfrentando- se em sua pura liberdade, fácil se
    MULHERES de hoje estão destronando o mito da feminilidade; começam a afirmar concretamente sua independência; mas não é sem dificuldade que conseguem viver integralmente sua condição de ser humano. Educadas por mulheres, no seio de um mundo feminino, seu destino normal é o casamento que ainda as
    subordina praticamente ao homem; o prestígio viril está longe de se ter apagado: assenta ainda em sólidas bases econômicas e sociais.
    É, pois, necessário estudar com cuidado o destino tradicional da mulher. Como a mulher faz o aprendizado de sua condição, como a sente, em que universo se acha encerrada, que evasões lhe são permitidas, eis o que procurarei descrever. Só então poderemos compreender que problemas se apresentam às mulheres que, herdeiras de um pesado passado, se esforçam por forjar um futuro novo.
    Quando emprego as palavras “mulher” ou “feminino” não me refiro evidentemente a nenhum arquétipo, a nenhuma
    essência imutável; apôs a maior parte de minhas afirmações cabe subentender: “no estado atual da educação e dos costumes”.
    Não se trata aqui de enunciar verdades eternas, mas de descrever o fundo comum sobre o qual se desenvolve toda a existência feminina singular.
    Simone de Beauvoir O Segundo Sexo – Experiência Vivida

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