Tag: Navalhadas Curtas

  • Navalhadas Curtas | Novos tempos velhos tempos

    Navalhadas Curtas | Novos tempos velhos tempos

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    Navalhadas Curtas | Novos tempos velhos tempos
    Estes tempos
    todos os tempos
    tudo que transmitimos biologicamente aos outros
    é o que não presta.
    É preciso proteger-se
    Para não infectar
    Para não se infectar
    Do outro
    Tempos outros tempos
    Nada saudáveis
    Não nos infectamos de virtudes por vírus
    não nos contagiamos de amor através de germes e bactérias
    ou empatia por estar respirando próximo a alguém que seja empático.
    Pandemia dentro da Pandemia.
    É uma pena
    Poderia ser uma gripe de alegria
    Uma tosse de felicidade
    Mas não é assim.
    Fio da Navalha.

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  • Navalhadas Curtas: Um short, o ignorante e uma cerveja

    Navalhadas Curtas: Um short, o ignorante e uma cerveja

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    Navalhadas Curtas: Um short, o ignorante e uma cerveja.
    Saindo do trabalho depois da missão cumprida.
    Me sinto tranquilo, tenho um pouco de preguiça e claro vontade de ir pra casa descansar.
    Eu sei que dentro de cada ser humano se esconde vários humanos e alguns não muito humanos. As vezes eles saem a luz do dia.
    Então duas belas moças passam por mim a pé, caminham tranquilamente. Bonitas com shorts curtos e muito justos. Entendo como normal. Use o que você quiser e sinta-se feliz.
    Um senhor de bom aspecto por volta dos seus 75 anos, vinha na direção contrária delas. Elas passam e vira para trás para analisar as bundas aí chega próximo a mim, parando no meio do caminho bem na minha frente. Visivelmente queria dizer algo e disse: Tu viu aquelas bundas ali? Depois elas ficam ai reclamando né? Que o pessoal agarrou, que o os “home” passaram a mão!
    Fez este breve comentário com um tom de sorriso irônico procurando empatia uma tara eminente e enclausurada.
    Não sorri, fiquei olhando para ele então disse: Senhor ta precisando se atualizar viu, as coisas mudaram meu amigo. São outros tempos. Elas são jovens, bonitas e estão de short apenas isso.
    Dentro de mim eu sabia que estava perdendo meu tempo. Mas…
    Então ele imediatamente fechou o semblante e disse: tá, tá, tá…já vi que tu és daqueles que defendem diretos das “mulhé”! Esse mundo não tem mais jeito, um par de bunda…e tu é um banana.
    Entendi que a conversa iria piorar, então lembrei que tinha uma cerveja muito gelada em casa. Isso faria toda a diferença pra mim ao menos.
    Olhei para o senhor e falei: o senhor vai me desculpar tenho um compromisso muito importante de natureza inadiável.
    O homem retrucou: é vai lá…vai seu…seu.
    Fio da Navalha.

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  • O Fio da Literatura | Rubem Fonseca

    O Fio da Literatura | Rubem Fonseca

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    O Fio da Literatura – Rubem Fonseca
    É da natureza do homem mentir e enganar as pessoas, até os amigos.
    Faz parte da amizade, perdoar e tentar entender.
    Sem ela resta apenas a inevitável solidão.
    Mas diante da descoberta que seu amigo é um monstro, fica a terrível pergunta: como ?
    Mandrake
    Rubem Fonseca – A Grande Arte.

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  • Navalhadas Curtas: Opa, escapou…

    Navalhadas Curtas: Opa, escapou…

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Nada mais humano que os nossos odores em uma segunda-feira pela manhã. Algo nos conecta positiva ou negativamente ao outro.

    Flatos e eructação talvez? Elegantes palavras para mau cheiro.

    Ainda meu prédio. Entro no elevador e aquele senhor que fiz menção no escrito anterior, adentra ao elevador.

    Penso comigo: que virá desta vez?

    Estamos ambos de máscaras e desta vez ele apenas se limita ao bom dia e ficamos com som mecânico do elevador.

    Mas não por muito tempo.

    Vindo das entranhas quebrando o silencio, quebrando o decoro o senhor dá um longo e ruidoso arroto dentro da máscara!

    Um odor de fossa se espalha pelo elevador. E ainda faltava dois andares. Talvez a máscara contenha o Covid-19, mas com certeza aquele fedor não.

     

    Assim que ele termina de expelir, apenas me olha batendo com a mão direita no estomago, diz: Pastelzinho de guisado!

    Chegamos ao térreo duas moças aguardavam para entrar no elevador…boa sorte.

    Fio da Navalha.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Navalhadas Curtas: O milagre na Dom Pedro

    Navalhadas Curtas: O milagre na Dom Pedro

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Saio a porta do meu trabalho, final de tarde, frio e a vida parece tranquila de longe, então eu observo um casal que discutia em altos brados em plena Dom Pedro:

    -Por que tu não foi lá? Grita a mulher
    -Porque eu não tava afim porra…diz o homem com a máscara no queixo.
    -E a tua filha hein? Me diz…me diz… afirma a mulher que balançava a máscara na mão.
    -Não mete a criança no meio…criança é anjinho- diz o homem.

    Eles eram humanos demais, eu não gostava de ver aquela a situação. A criança pequena estava ali sem grande atenção, talvez 4 ou 5 anos e olhava aquilo e andando de um lado para outro.

    Eu penso comigo mesmo: preciso chegar em casa urgentemente, uma taça de vinho pode fazer bem! Mas tenho que me contenho refletindo se tinha mais alguma coisa a fazer no centro de Pelotas? Não hoje não.

    Então a criança subitamente escapa correndo pela rua em direção ao meio da rua… ambos os pais saem correndo e pegam a criança no meio da rua entre gritos e ofensas.

    Tudo acabou bem, pegam a criança.
    Mas eles seguiram brigando, brigando sem dar-se conta do breve milagre.

    Naquele exato instante, criança exatamente no meio da rua, nenhum carro passou na Dom Pedro e o sinal estava aberto.

    Fio da Navalha.

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