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  • Navalhadas Curtas:  Folhetos em Fúria

    Navalhadas Curtas: Folhetos em Fúria

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    Olho pela janela as ruas de Pelotas, não se parecem com um tempo de pandemia mortal. Tudo normal ou quase normal. Proximidades, falta de máscaras, germes e vírus. Naturalmente pouco entendimento.
    Desço para pegar a correspondência, os correios ainda estão em greve? Se estão as minhas contas não sabem disso. Seguem chegando com toda normalidade possível.
    No portão do prédio uma linda e triste moça entregava folhetos de propaganda, ela os enfiava nas caixas dos correios freneticamente.
    Ela está impaciente, incomodada com raiva ou com alguma daquelas dores que fazem a gente colocar para fora nosso pior… a raiva do mundo.
    -Bom dia – digo eu.
    Ela me olha com olhar estranho e não responde. O chato insiste::
    -Difícil colocar estas coisas nas caixas né… essa entrada é fina…bem
    -Difícil senhor? É impossível…sabe…é impossível, impossível ( já com a voz alterada ).
    Não digo mais nada, fico olhando pra ela, sei que não está bem.
    Pego alguns folhetos e ajudo ela a terminar de enfiar nas caixas de correio o mais rápido possível. E termina. Não falamos nada.
    Então ela juntas suas coisas e sai em silencio, caminhando pesado. Fico olhando-a se afastando e pensando cá com meus botões que merda será que tem na vida dela para estar assim?
    Como uma resposta telepática a moça que estava se afastando para no meio da quadra e grita: desculpa moço…minha vida ta uma merda!
    Disse isso se seguiu e segui seu caminho sumindo na próxima esquina.
    Fio da Navalha.

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  • Pérola do Dia – Mestre Bukowski

    Pérola do Dia – Mestre Bukowski

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  • Lembranças de uma Pelotas Antiga

    Lembranças de uma Pelotas Antiga

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    Lembranças de uma Pelotas Antiga
    Apenas lembradores lembrarão!

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  • Pérola do Dia: Rogério Peres

    Pérola do Dia: Rogério Peres

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  • Navalhadas Curtas: Um entre tantos

    Navalhadas Curtas: Um entre tantos

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    Navalhadas Curtas: Um entre tantos
    É final de tarde eu vinha caminhando, pensando em nada.
    Gosto disso, é um estado meditativo de aflições ausentes, sem preocupações.
    Tudo que se tem e precisa é o caminhar agora. Não me importo com o ambiente a minha volta. Um estado profundo de egoísmo existencial, onde e nada importa?
    Já sentiu isso? Creio que sim.
    Mas dificilmente você admitiria.
    Então ele me olhou… Estava no chão, magro, sujo, com pelos faltando e assustado. Um cão de rua. Mas aquele olhar era quase humano. Não me entendam mal, não sou sócio dos defensores dos animais ou mesmo carrego comigo uma placa de salve as Baleias…
    Cheguei perto ele quis fugir me abaixei e disse: ei amigo calma aí tá tudo bem, fique tranquilo. Passei a mão sobre sua cabeça e aqueles olhos pareceram sorrir.
    Ele parecia entender algo. E disse pra ele: ei cara, você está precisando de uma comida hein. Esta pele e osso.
    Na esquina tinha uma padaria. Fui até ali e comprei dois pães. Pensei comigo: porra Fabiano o que estas fazendo?
    Existem seres humanos morrendo por ai…
    Mas eu fui meu próprio advogado: Fabiano, neste momento não existe ninguém morrendo que estejas vendo ou que possas fazer algo agora.
    Mas o vira-lata esta aí…
    Comprei os pães e dei ao cão, ele comeu animado. Feliz mesmo. Eu levantei para deixa-lo ele entregue a alimentação. Então curiosamente o cão pulou sobre mim. Me lambeu o braço, a cara, numa animação extrema. Eu disse: ei amigo. Tudo certo, tudo certo vá devagar ok…
    Consegui me levantar e ele ficou me olhando. Então voltou aos pães e eu segui meu caminho.
    Mas creio que o fantásticos de tudo isso é o abraço vem de onde menos se espera.
    Fio da Navalha.

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  • Aniversário do Bukowski

    Aniversário do Bukowski

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Se Bukowski fosse vivo no dia 16 de agosto passado ele estaria completando 100 anos.

    Pra comemorar o centenário de Charles Bukowski posto aqui uma foto do ator Roberto Oliveira em cena no Sarau Bukowski.

    E vou tomar umas cervejas, é óbvio. #BukowskinaVeia #BukowskiCentenário #charlesbukowski #leiabukowski[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

  • Navalhadas Curtas – Pandêmicos Vícios

    Navalhadas Curtas – Pandêmicos Vícios

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Navalhadas Curtas – Pandêmicos Vícios

    Entro no elevador é muito cedo da manhã. Pela manhã o humor as vezes é variável, mas estava tudo bem na minha confortável máscara.

    Desço um andar, o elevador para e entra um conhecido senhor do prédio. Ele é excessivamente simpático mesmo atrás da máscara. Sempre quer falar algo, sempre.

    O elevador é uma viagem bem curta. Bom dia, boa tarde boa e noite ta bom né? É educado e econômico e quase simpático.

    A porta ainda esta meio aberta ele começa falar:
    -Este elevador tá com um cheiro maravilhoso de álcool né, que coisa bem boa…

    Ele fica me olhando, aceno positivamente com a cabeça. Ele segue, agora abaixando máscara dentro do elevador para “sentir” melhor o cheiro de álcool:

    -Hummmm que coisa boa, álcool pela manhã…isso me lembra quando eu bebia bastante que saudade, que saudade da bebida!

    O senhor bebe me pergunta:
    -Sim.

    O elevador chega ao térreo, eu saio e o senhor permaneceu la curtindo seu momento nostálgico de uma embriaguez virtual em gel.

    Fio da Navalha.

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