[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”appear”]Glória chega em casa
Esta exausta
O dia pesa e sua cabeça também
Joga-se no sofá
Acende um cigarro
E ali estava seu momento de Glória
Deixa o silencio preencher os vazios
Se deixa levar por…
Glória uma tragada
Gloria quietude
Gloria quer ar
Não gosta de estar assim…
Precisa que alguma coisa arranque a solidão…
Liga a televisão
Liga o rádio
Acende todas as luzes
Então telefona para uma amiga
Fala, fala e fala,
E não diz absolutamente nada
Lembra de Francisco…
O quanto o amava…
Até que descobriu tudo…
A verdade não foi boa para ela…
A verdade estragou sua vida…
Descobrir a outra, foi o pior que podia ter ocorrido
E por um breve instante
Desejou que sua fosse ainda uma mentira… por favor…
Gloria olhos vendados
Gloria resvalando em sonhos
Gloria viagem ao passado
E como concertar isso Glória?
Seus olhos se enchem de lagrimas
E o coração quer voar…
Mas não consegue…
Olho Gloria, e a chamo para perto de mim
E abraço forte
Sou o dique de suas dores
Gloria não é assim…
Não precisa ser assim…
O futuro é uma promessa
Mas as correntes devem ser rompidas
Abandonar os estragos
Aliviar o navio da velha carga…
Para que ele flua
Beijando as marés…
Glória…
Vem comigo
O tempo nos leva
E o amanhã não espera por ninguém…
Gloria sorri
Gloria asas que se abrem
Gloria voou…
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Tag: Poema
-
Glória
-
Meio Ele – Meio Ela
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”appear”]Dóris pela manhã
Alexandre a tarde
Nenhum a noite
Ela me liga pela manha, tem angustia na voz:
Não sei o que eu sou – diz
Não se preocupe com isso, viva – eu digo
A tarde ele esta nervoso
A noite não existe
Dóris toca agora seus seios imaginários
Esta despida diante do espelho
E tem desejos que Alexandre não quer
Dóris flor
Dóris medo
Vazio noite
Alexandre tem um olha de garanhão castrado…
A noite invade o dia
Penetrando o luar em Dóris
Dóris canta o que Alexandre chora
A noite, sepulta as dores secretas de ambos
O Desejo…
A tentação…
O tesão…
Teus líquidos em ebulição…
Alexandre noite
Dóris mais tarde…
Manha vazia de fecundidade
É ternura
Silencio… E adeus.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row] -
Arte Entre Livros
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”bottom-to-top”]Ocorreu na última sexta-feira dia 26, o evento II Arte {entre Livros} no Casarão 08. Evento que tem por objetivo reunir diversas manifestações artísticas, musica, poema, pintura, desenho e literatura. O evento contou com a música de excelente qualidade da banda Timbres e Bicicletas. Confiram ai o registro do Fio da Navalha.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_gallery type=”nivo” interval=”3″ images=”7105,7108,7109,7114,7113,7112,7111,7110,7115,7116,7118,7117,7120,7125,7123,7122,7121,7119,7124,7130,7127,7131,7126,7132,7128,7133,7129,7135,7140,7141″ onclick=”link_image” custom_links_target=”_self” title=”Arte {entre Livros}”][/vc_column][/vc_row]
-
Do Quadrado
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_single_image image=”7097″ css_animation=”top-to-bottom” alignment=”center” style=”vc_box_shadow_3d” border_color=”grey” img_link_large=”yes” img_link_target=”_blank”][/vc_column][/vc_row]
-
Mariana
[vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_column_text css_animation=”top-to-bottom”]Ela é das mais leves
E tem a inocência de menina
Como se fosse uma ciranda com a própria vida
É muito fácil gostar dela
Mariana risos
Mariana gritos
Mariana criança
Depois Mariana forçou casar
E o traço vil do viver
Fez suas marcas…
Tenta alimentar sua criança
Mas a realidade de mulher…mãe, esposa, trabalhadora
Cobram seu preço
Sim…
Quando olha-se no espelho
Pensa: não era para ser bem assim…
Mariana rugas…
Mariana inquietudes
Mariana…Marianaaaaaa?
Então
Apega-se com todas as forças ao que tem
Raiz sugando a terra[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][vc_column_text css_animation=”bottom-to-top”]Beijo de roda
Ciranda de viver… cantigas de infância
O tempo fecundando o tempo
Vestindo o presente de passado
Expondo fendas que não se preenchem
Mariana desajeitada
Mariana brinca
Mariana esconde-esconde
Ontem vi mariana…
E ela não me olhou nos olhos
Sorriu de mentira
E nós sabíamos o que havia…
E creio
Que você também sabe.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row] -
Marisa
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”appear”]Marisa olha-se no espelho
Se acha horrível
Percebe pouco de tudo…
Emoções distorcidas
Felicidade de barbante
Borboleta com saudade do casulo
Marisa queria ser o que não é…
E nunca será
A projeção fecunda
Das rosas feitas de vinil
Marisa cega
Marisa pesada
Marisa uma lágrima
Então
Acha que tudo é uma mentira
Muda revolta sem canção
Labirintos permeando a alma
Marisa, Marisa..
Ta me ouvindo?
Nada é exatamente assim
Não cultive culpas entre samambaias
E espelhos, dizem tão pouco
A verdade se molda ao que sentimos
Marisa cólicas
Marisa quer um carinho
Marisa afasta-se do espelho
Este dia esta cinza
Uma tempestade que se aproxima
E nada disso faz a menor diferença
E agora Marisa?
Beco sem saída…
Lastimas ecoando e lábios trancados…
Minha mão se entrelaça a tua
Nossas asas se abrem sobre o abismo
E o medo se foi… Por debaixo da porta
Você ficou
Em mim.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row] -
Sônia
[vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_column_text css_animation=”appear”]Poucas são assim…
Ela chega em casa
Cansada, mas feliz
O dia foi generoso
Sol, promoção e amor
Sônia feliz demais
Sônia transbordante
Sônia pluma
Tudo lhe parece sorrir
O guarda roupa em ordem
Talheres nos lugares
Toalha branca e limpa…
A noite cai
Fechar cortinas
Trancar portas, se fechar
Então servir um copo de vinho
Senta-se e respira fundo
A felicidade não esta completa
Sônia sozinha
Sônia televisão
Sônia e uma ausência
Sim…[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][vc_column_text css_animation=”appear”]Tudo busca um complemento
Mãos, outras mãos…
As estrelas, olhos que as observem
O colo, que você se aproxime…
Mas não há nada disso…
Nem filhos
Nem um cão
Nem flores
Sônia melancólica
Sônia noite
Sônia e os porquês…
Consola-se entre um gole e outro
-Sônia… Não se pode ter tudo.
O sorriso do dia
Da lugar ao orvalho de sua noite
Sônia deita nos travesseiros macios
Quem sonhar com o dia
E por um breve instante
Trocaria tudo aquilo
Se alguém estivesse ali…
Você esta aí ?[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]