Tag: Poesia

  • Fragilidade – Martim César

    Fragilidade – Martim César

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    Fragilidade

    (para Rigoberta Menchú)

    Uma mulher lutando contra um império.

    Uma mulher detentora da força de todo um povo.

    Um mulher índia. Latinoamericanamente índia.

    Uma mulher gritando a vida dos seus mortos.

    Ele aniquilados, torturados, desaparecidos.

    (nela ressuscitados, renascidos, redivivos).

    Eles, aos milhares, as centenas de milhares.

    Fuzilados, trucidados, engolidos pela terra.

    Eles, agora envoltos pelas mesma mortalha

    feita da terra a que pertenciam

    E que a eles pertencia.

    Eles reerguendo-se, levantando-se, renovando-se

    Na eternidade cíclica da arvore e da semente

    Uma mulher somente, e que é muitas mulheres.

    Uma mulher apenas, e que é todas as mulheres.

    Rompendo casulos, levantando véus, saindo da casca,

    Descobrindo-se livre por si mesma,

    Sem liberdades oferecidas ou alforriadas.

    Uma mulher liberta e não libertada.

    Martim César

    Dez Sonetos Delirantes (e um Quixote sem cavalo)

    Pag.79

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  • Transalucinação

    Transalucinação

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    Eu vejo coisas
    Coisas que se movem
    Que formam
    E desaparecem
    Eu vejo…
    Em uma tela empoeirada
    O rosto de um senhor
    E em azulejos úmidos desenhos abstratos
    A moça que sorri
    Vejo nas nuvens
    Cavalos alados correndo, correndo…
    Em troncos cortados
    Vórtices e tornados tecidos de sonhos
    No asfalto que ferve
    Caracóis sem pressa
    Onde tudo corre
    Nas folhas secas
    Um leão adormecido
    Em paredes gastas e carcomidas
    Uma criança correndo ao vento
    Num arranhão da tinta
    Uma estrada que se termina lentamente em cor
    Na cicatriz do teu abdômen
    O sorriso de um anjo correndo no quintal
    Em alamedas iluminadas de neon
    Vagalumes coloridos
    Eu vejo sem querer
    Como vitrais vivos de caleidoscópio
    Capturando minha alma…
    Um vigia em alta noite
    Procurando nas estrelas
    O outro vigia…
    E você vê?

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  • Martim César

    Martim César

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    Minha vida é um quebra cabeças,

    Onde sempre está faltando alguma peça.

    Sempre que tenho monta-lo

    A peça que falta já não é a mesma.

     

    Martim César

    Obra :Sobre Amores e Outras Utopias

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  • Nem

    Nem

    [vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”appear”]

    Nem todo lobo, é feroz…

    Nem todo inocente, é puro…
    Nem todos que são maus, o são
    Nem sempre vai dar errado…

    Assim como a natureza:
    Nem todo dia cinza, é triste…
    Nem toda tempestade, machuca…
    Nem toda serpente é venenosa
    E nem todo orvalho, é inofensivo…

    Entre areia causticante do deserto
    E um oásis de ventura
    Somos um luminescente querer incerto.

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  • CD SINGULAR

    CD SINGULAR

    [vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”appear”]Hoje apresentando o trabalho de Paulo Timm, Gilberto Isquerdo e Maurício Raupp Martins, contando também com as participações especiais de Martin Cesar e Alessandro Gonçalves.
    Um trabalho de todo Singular, como o próprio nome do Cd. Ouçam com carinho este belíssimo trabalho.

    Você pode obter mais informações deste trabalho, no seguinte Blog :http://cdsingular.blogspot.com.br/

    Agradecimento especial para Graça Borges, pela bela indicação.

    Clique aqui e ouça – https://www.ofiodanavalha.com.br/playlist/singular/

     

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  • Uma mulher e um homem

    Uma mulher e um homem

    [vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”appear”]

    Uma mulher e um homem

    Uma mulher e um homem levados para a vida,

    Uma mulher e um homem face a face

    Habitam à noite, derramando por entre suas mãos,

    Se ouvem subindo livres nas sombras,

    Suas cabeças descansam em uma bela infância

    Eles foram criados juntos, em pleno sol, luz,

    Uma mulher e um homem aram os lábios

    Lentamente preenchendo a noite com suas memórias,

    Uma mulher e um homem, belos um e o outro

    Tomam seu lugar na terra.

     

    Juan Gelman

    [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_message color=”alert-info” style=”square” css_animation=”appear”]Juan Gelman, poeta argentino o qual gosto muito.

    [/vc_message][/vc_column][/vc_row]

  • Pássaro Azul em Bluebird

    Pássaro Azul em Bluebird

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Na noite de ontem no Pássaro Azul, os amigos, o elenco, a produção e a direção de fotografia se encontraram para ter um momento que é puramente Bluebird, personagens se mesclaram ao real, o mundo real ficou um barato… no profundo espirito do Pássaro Azul, abraçando serenamente a diversidade e brindando com o alternativo…e certamente o Bukowski estava por lá…em algum canto…

    E fica o agradecimento a Daiane Costa ao Bar Pássaro Azul e a todos os que estiveram ontem por lá.
    sem delongas com vocês as fotos de ontem de dos vários momentos de gravação que tivemos no local, este é um álbum completo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_images_carousel images=”8390,8389,8385,8384,8383,8388,8387,8382,8381,8386,8376,8377,8378,8379,8380,8375,8374,8373,8372,8371,8366,8367,8368,8369,8370,8365,8364,8363,8362,8361,8356,8357,8358,8359,8360,8355,8354,8353,8352,8351,8350,8345,8340,8339,8344,8349,8348,8343,8338,8337,8342,8347,8346,8341,8336,8331,8332,8333,8334,8335,8330,8329,8328,8327,8326,8325,8324,8323,8322,8321,8320,8319,8318,8184,8192,8193,8174,8173,8102,8103,8106,8098,8100,8096,8092,8087,8088,8086,8074,8084,8078″ img_size=”1280×720″ autoplay=”yes” hide_pagination_control=”yes” title=”FOTOS DO PASSARO”][/vc_column][/vc_row]