[vc_row][vc_column][vc_single_image image=”20425″ img_size=”1920×1080″ title=”Pelotas Por aí – Petit poá”][/vc_column][/vc_row]
Tag: Realismo
-
Navalhadas Curtas: Preconceito se aprende em ?
[vc_row][vc_column][vc_column_text]
Precisava ir na padaria. Fiz todo o ritual de saída, máscara e cuidados, me vesti de distanciamento social e fui caminhando lentamente.Gosto do vento na rua, respirar com calma.Nunca sabemos quando algo pode nos surpreender. Nunca.Entro na padaria de subúrbio. Um rapaz controlava quem entrava ou saia. Tudo nos conformes.Uma criança de uns seis ou sete anos aparentemente e sua mãe estão no interior da padaria. Aguardam um bolo.Pego o que preciso e me direciono a fila do caixa que tinha duas pessoas. Então a senhora a e criança pegam o bolo e ficam justamente atrás de mim na fila.Então o menino fala assim:-Mamãe por que esse negro está na nossa frente?Me viro lentamente olho sério para a mãe que está mandando o filho ficar quieto, com dedo indicador frente aos lábios.A mãe não diz nada pra mim.Porem e a criança na sua pueril inocência segue: Mamãe lá em casa tu sempre diz que os negros não são nada…A padaria fica em silencio, talvez aguardando minha atitude ou estavam chocados?O caixa me atende apenas balançando a cabeça de forma reprovando a cena. Eu fico pensando se talvez devesse dizer algo mas não sentia vontade alguma.Além do mais os olhares de todos la estavam já dizia muito. Peguei minhas coisas e sai caminhando lentamente na rua no vento e com coração batendo estranho e com apenas uma certeza: não foi a primeira e não será a última vez que isso acontece.Fio da Navalha.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
-
Pérola do dia: Nelson Rodrigues
[vc_row][vc_column][vc_single_image image=”20416″ img_size=”1920×1080″ title=”Pérola do dia: Nelson Rodrigues”][/vc_column][/vc_row]
-
Pelotas Por ai | Abandonada
[vc_row][vc_column][vc_gallery interval=”3″ images=”20400,20401″ img_size=”1280×720″ title=”Pelotas Por ai | Abandonada”][/vc_column][/vc_row]
-
O Fio da Literatura | Rubem Fonseca
[vc_row][vc_column][vc_column_text]
“…pouco depois, Luma abriu a porta da minha sala para dar passagem a visitante.Era uma mulher jovem, esguia, vestida com elegante discrição, parecia ter saído de um conto de fadas com seu rosto inocente, sua tez clara e os cabelos de um castanho-claro.A visão de uma mulher bonita é sempre uma espécie de epifania, o aparecimento de uma divindade, e o sentimento que nos domina, não fosse presidido por Eros, seria parecido com aquele a musica desperta em nós.Não tenho vergonha da minha libido, e a energia fisiológica e psíquica associada a toda atividade humana construtiva; ela se opõe a Tanatos, o instinto de morte, fonte de todos os impulsos destrutivos.Sei que para o muitos esse raciocínio é mais literário do que cientifico, e pode parecer que estou usando Freud para fazer minhas racionalizações.O que posso responder?Obra: Mandrake a Bíblia e a Bengala[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
-
Dica de Filme | Greta | 2019
[vc_row][vc_column][vc_column_text]
*Filme não indicado para menores de 18 anos.Sinopse:Pedro (Marco Nanini), um enfermeiro homossexual de 70 anos, fervoroso fã de Greta Garbo, precisa liberar uma vaga no hospital onde trabalha para Daniela (Denise Weiberg), sua melhor amiga. Para salvar Daniela, ele decide ajudar Jean, um jovem que acaba de ser hospitalizado e algemado por ter cometido um crime.Pedro o ajuda a fugir e esconde-o em sua própria casa até que ele se recupere e nesse período, eles se envolvem afetiva e sexualmente.Essa relação será essencial para que Pedro sobreviva à perda de Daniela, mas também cause mudanças surpreendentes em si mesmo e no modo como ele lida com a solidão.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
-
Navalhadas Curtas: Opa, escapou…
[vc_row][vc_column][vc_column_text]Nada mais humano que os nossos odores em uma segunda-feira pela manhã. Algo nos conecta positiva ou negativamente ao outro.
Flatos e eructação talvez? Elegantes palavras para mau cheiro.
Ainda meu prédio. Entro no elevador e aquele senhor que fiz menção no escrito anterior, adentra ao elevador.
Penso comigo: que virá desta vez?
Estamos ambos de máscaras e desta vez ele apenas se limita ao bom dia e ficamos com som mecânico do elevador.
Mas não por muito tempo.
Vindo das entranhas quebrando o silencio, quebrando o decoro o senhor dá um longo e ruidoso arroto dentro da máscara!
Um odor de fossa se espalha pelo elevador. E ainda faltava dois andares. Talvez a máscara contenha o Covid-19, mas com certeza aquele fedor não.
Assim que ele termina de expelir, apenas me olha batendo com a mão direita no estomago, diz: Pastelzinho de guisado!
Chegamos ao térreo duas moças aguardavam para entrar no elevador…boa sorte.
Fio da Navalha.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]