Tag: Realismo

  • O Fio da Literatura | Aldous Huxley

    O Fio da Literatura | Aldous Huxley

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    A dor de cada um, é única. “Há dores confessáveis, sofrimentos de que nos podemos positivamente orgulhar. A perda de um ente que nos é caro, a partida, o sentimento do pecado, o medo da morte – de tudo isso os poetas já falaram com eloquência .Tais dores se impõe a simpatia do mundo.
    Mas há também angustias vergonhosas, não menos cruciantes do que as outras e da quais , no entanto, o paciente não ousa nem pode falar.
    A angustia do desejo contrariado, por exemplo Essa era a angustia que Walter carregava consigo pela rua. Era dor, raiva, desapontamento, vergonha e desespero combinado. Ele tinha a impressão de que a sua alma estava em agonia de morte. E, no entanto, a causa era inconfessável, baixa e mesmo ridícula.
    Suponhamos que um amigo então o encontrasse e lhe perguntasse por que ele tinha um ar tão infeliz. Responderia: -Eu estava em colóquio amoroso com uma mulher quando fui interrompido, primeiro pelos gritos dum papagaio e depois pela chegada duma visita.
    O comentário a essa confissão seria uma gargalhada enorme de zombaria. E a sua confissão se converteria numa anedota de sala.
    E, no entanto, Walter não estaria sofrendo mais se tivesse perdido sua mãe…”
    O Contraponto – Aldous Huxley

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  • Fio da Navalha | Dica de Série| Manhãs de Setembro

    Fio da Navalha | Dica de Série| Manhãs de Setembro

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    Disponível na Amazon
    Sinopse:
    Manhãs de Setembro narra a trajetória de Cassandra que, desde que deixou sua cidade para trás, decidiu não fazer concessões para se tornar o que sempre quis ser: uma mulher trans livre e independente. Depois de anos comendo o pão que o diabo amassou, finalmente as coisas começaram a entrar nos eixos.

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  • Pelotas Tatuada | Menino

    Pelotas Tatuada | Menino

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    Pelotas Tatuada | Menino
    Local: Ocupa Canto de Conexão

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  • Navalhadas Curtas – Eu to vacinada, se tu não tá o problema não é meu !

    Navalhadas Curtas – Eu to vacinada, se tu não tá o problema não é meu !

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    Dizem que um titulo deve conter a essência mágica do conteúdo a ser abordado por um texto, uma tese, uma história ridícula ou qualquer outra coisa escrita.
    A vida as vezes parece sensata e dizem que esta sensatez aumenta com a idade, mas não é bem assim não. Bom senso não se compra em uma prateleira.
    Uma outra padaria, um outro caminho a em busca do pão quentinho. O cheiro de pão quentinho é algo maravilhoso e junto com um bom café, que mais pode se querer da vida?
    Chego na dita padaria uma breve fila onde algumas almas mantinham-se um certo distanciamento e não preciso dizer porque né?
    Então saída de um mundo estranho feito posições fascistas certamente uma senhora que não sei precisar a idade mas pela aparência poderia ser minha vó. Ela fica bem próxima a mim, praticamente colada em sem nenhum espaço ou distanciamento.
    Virei lentamente para trás e um tom de educação estudada disse: Por favor, a senhora poderia dar um passinho para trás para termos um certo distanciamento?
    Curiosamente ela carrega o sobrolho deixando congesta a testa eu já senti,ai vem merda.
    Ela me olha de cima a baixo e despeja: olha senhor eu já estou vacinada com duas doses !
    Normalmente eu deixo passar as essas coisas você pode me chamar de qualquer coisa, me xingar, gritar comigo, vociferar e as vezes até bater, porque eu simplesmente não reajo. Eu nunca reajo. Porque raramente acho que vale a pena o estresse, aperto o botão desligar e já acabou, ignoro completamente a situação.
    Mas neste dia talvez porque a lua estava cheia, ou porque os astros não estavam combinando eu achei que devia uma resposta.
    Olhei bem nos olhos da senhora: Olha senhora eu entendo seu ponto de vista, mas acontece que eu não estou vacinado e posso ficar doente!
    Ela: olha isso não é problema meu…(resmungou algo que não entendi)
    Respirei fundo e disse: claro que é problema sei, problema nosso e todos sim, afinal é por estes comportamentos como o da senhora que não pensa nos outros que nosso país quiçá o mundo esta como esta, doente muito doente e pessoas por comportamentos assim!
    Todos na padaria nos olhavam e agora olhavam para ela, eu dei um passo a frente para ficar distante. E ela?
    Realmente não sei que ela fez, ela desistiu da fila e foi embora e sem o pãozinho quentinho.
    Fio da Navalha.

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  • Filme realizado em  Pelotas vence Festival de Cinema

    Filme realizado em Pelotas vence Festival de Cinema

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    Título do Filme:  A Pelotas Caridosa – Poemas Lidos de Lobo da Costa
    Link para acessar o filme no YouTube: https://youtu.be/vaEH5zJ9bns
    Em Maio de 2021, o filme: “A Pelotas Caridosa – Poemas Lidos de Lobo da Costa”, dirigido por Luís Fabiano Gonçalves e produzido pela equipe do Fio da Navalha Arte & Comunicação (https://www.ofiodanavalha.com.br/), participou do Festival de Cinema Quarentena Online Film Festival (QOFF).
    Este festival é organizado por uma equipe no Rio de Janeiro e teve por objetivo exibir filmes produzidos durante à pandemia. Mais informações sobre este festival podem ser obtidas em: http://www.qoff.com.br/.
    No último dia 29/05/2021, houve a entrega de prêmios do QOFF. Em função da pandemia, toda a cerimônia, assim como a exibição dos filmes selecionados para participarem do Festival, ocorreu por meio das suas plataformas online.
    Protagonizado por Flávio Dornelles e filmado no final de 2020, o filme faz alguns recortes sobre momentos finais da vida do poeta gaúcho Francisco Lobo da Costa. A produção pelotense venceu os seguintes prêmios no Festival de Cinema Quarentena Online Film Festival 2021:
    – Melhor Filme de Gênero
    – Melhor Fotografia – Luís Fabiano Soares Gonçalves
    – Melhor Direção de Arte – Luís Fabiano Soares Gonçalves, Carla Ávila, Andrea Terra, Flávio Dornelles, Valder Valeirão, Cláudio Ferreira
    – Melhor Mixagem de Som – Cláudio Ferreira
    – Melhor Atuação – Flávio Dornelles
    – Melhor Filme pelo Júri Popular

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  • O Fio da Literatura  |  Charles  Bukowski

    O Fio da Literatura | Charles Bukowski

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    “e quando vejo fotos do meu presidente ou ouço ele falar, me dá impressão de ser um palhação descomunal, uma criatura insípida, feita de estuque, com poder de decidir sobre a minha vida, as minhas chances e as de tudo o que é gente.
    E não consigo entender. […] pode-se afirmar, praticamente, que foi a nossa falta de dignidade que colocou esse homem onde ele está – todo país tem o presidente que merece.”
    Charles Bukowski – Fábulario Geral do Delírio Cotidiano

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  • O  Fio da Literatura  |  João Ubaldo Ribeiro

    O Fio da Literatura | João Ubaldo Ribeiro

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    “ A mesma técnica de despertar a consciência deve ser aplicada ao caos, bem menos fáceis de achar , em que a mulher resiste seriamente a ideia de ir para cama com outra mulher, nesse ponto as mulheres se beneficiaram do machismo que mitificou as tranas entre mulheres e lhes conferiu um status estético fajuto, muito superior a do homossexualismo masculino. Tanto isso não é natural que durante muito tempo acontecia o contrário na Grécia, acontecia na Roma, antinatural uma conversa, empulhação conciliar, brochura calvinista, veadagem anglicana enrustida, tudo isso e o resto que conhecemos. As mulheres, mesmo as mais quadradinhas, há muito tempo se livraram das culpas por haverem transado com amiguinhas na infância, nem lembram, a sociedade faliforme não dá a menor importância a essas coisas, não são nem transgressões interessantes.
    Nada disso, na verdade, foi apenas outra conferencia, elas me pegam desprevenida. Eu apenas queria mostrar como arrumei o esquema invejável com Paulo Henrique e como fiz dele um homem completo. Já tinha contribuído para muitos casos desses, continuo a contribuir, até com a ajuda dele, mas ele foi total, foi realmente uma escultura. Não tive filhos, mas tive algo que de mais meu, duvido que alguém pudesse ter feito de um filho o que fiz dele, nunca. J era obra para encerrar minha vida. Mas, felizmente, minha vida não se circunscreveu a isso, foi dedicada a minha missão, e eu levei essa missão a consequências possíveis e imagináveis, com uma dedicação que nunca esmoreceu. Eu fiz o bem a muita gente, muita gente, e cheguei ao ponto de dizer isso com orgulho, apenas com contentamento. Eu já falei muito em Deus aqui fica difícil dizer que alguém acredita em Deus e fala tanto de sacanagem. Minha resposta é como se eu dissesse:” desculpe, assim não dá pra conversar”.
    Eu serei a voz de Satanás, sem dúvida. Mas, não, lamento dizer-lhes; lamento mesmo, porque sei que isso vai fazer muitos sofrerem mais do que no inferno, mas eu sou a voz de Deus. Não só porque sou mesmo a voz de Deus. Não sou profeta, muito menos o Messias, mas sou a voz Dele como na teofania do livro de Jó – Onde estáveis, quando Ele criou as fêmeas e os machos e lhes deu como misturar-se livremente uns com os outros? Onde estáveis quando Ele criou todos os mistérios que levam ao Desejo e a tesão e tornam sublimes os abraços?
    Onde estáveis, quando Ele criou as ânsias imortais que agora forcejais por sacrilegamente abafar e matar?
    Onde estais, depois que ELE vou deu o poder do prazer inocente e agora cuspis nesse poder e pretendeis que vossas palavras valham mais que as Dele?
    Eu sou a voz de Satanás, Satanás odeia a luxuria, não é invenção dele, assim como a Bondade. Tanto uma quanto a outra, Satanás usa solertemente para seus fins malévolos. Eu sou a voz d Deus, sou uma das vozes de Deus, eu não estou maluca. Ou por outra, posso estar como qualquer um pode estar, o que faz com que a palavra perca o sentido.
    Eu nunca blasfemei, jamais saiu da minha boca uma blasfêmia, uma queixa contra Ele, só louvor. Minha doença mesmo, minha doença, antes que eu me acabe e ninguém saiba o fui. É um aneurisma no meio do cérebro, inoperável. Sempre esteve ai, só soube faz algum tempo. No começo me assustei, mas não levei dois dias assustada, achei que será uma boa morte, provavelmente rápida. Já deixei instruções para doarem o que puder ser doado e tocarem fogo no resto e socarem as cinzas onde quiserem.
    Mas não era uma boa razão para eu me maldizer e blasfemar? “
    Extraído da obra : A Casa dos Budas Ditosos – LUXÚRIA
    Autor: João Ubaldo Ribeiro
    COLEÇÃO PLENOS PECADOS.

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