Tag: Realismo

  • Navalhadas Curtas – Testando a empatia (Parte 3 )

    Navalhadas Curtas – Testando a empatia (Parte 3 )

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    Consigo chegar a lotérica sinto o dia transtornante com certos comportamentos humanos.
    A conta ainda precisava ser paga.
    Consigo chegar em uma loteria da Av Bento. Ruas cheias, algumas pessoas aglomeradas sem mascara falavam e falavam.
    Ignorei.
    Consigo estacionar o carro e no exato instante, um senhor me vê estacionando e já grita: tio ta bem cuidado!
    Novamente isso.
    Fui descendo do carro sem dizer absolutamente nada, e ele veio na minha direção, mascara no queixo bafo alcoólico se aproximou e:Seguinte tio tu “consegue” um trocado para o leite das criança?
    Olhei bem para ele: amigo só vim pagar uma conta rapidamente ali na frente…entendeu.
    Ele: mas as criança?
    Digo: olha amigo eu não julgo ninguém, talvez seja mesmo para as crianças mas pode ser para o tua cachaça também né?
    Que isso eu não bebo!
    Segui para pagar a conta.
    Consegui pagar e quando voltei para o carro o cidadão estava falando com outra pessoa para conseguir uns trocados porem ele colocou vários sacos de lixo atrás do meu carro para impedir a saída, sacos com latas e plásticos eu acredito.
    Esperei ele terminar de conversar com a outra pessoa e fui ao encontro dele.
    Ele se aproxima e digo que se era possível ele tirar os sacos detrás do veículo, ele para me olhando fixamente e segue: e o leite das crianças?
    Procuro moedas e realmente não tenho. Digo que não tenho.
    Ele me olha: é tem dinheiro pra pagar conta e não uma moeda?
    Não tenho.
    Ele recolhe os sacos com certa indignação meio trôpego e eu consigo sair.
    Saio, mas tem um peso em mim, um peso de olhar esse mundo, esse país e estas pessoas que estão assim na real tentando apenas sobreviver do jeito que dá.
    Mundo cão.
    Fio da Navalha.

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  • Pérola do dia | Mestre Bukowski

    Pérola do dia | Mestre Bukowski

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  • Navalhadas Curtas: Testando a empatia (Parte 2)

    Navalhadas Curtas: Testando a empatia (Parte 2)

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    Saindo do banco respirei profundamente e na real não desejo mal a quem quer que seja, estamos todos em uma guerra informal tentando sobreviver a tudo isso.
    Isso eu entendo.
    Dobro na Bento Gonçalves e reparo que a cada sinaleira que paro tem duas, três, quatro pessoas pedido algo alguma grana.
    Na próxima sinaleira que parei notei algo muito peculiar.
    Uma moça que entrava folhetos de construtora famosa da cidade, ela entre carros parados meio que selecionava os carros ela entregaria os folhetos.
    Bem acho de tá certo pensei em primeiro momento, afinal um bom carro indica bom investimento.
    Mas infelizmente o critério não era esse.
    Notei que ela não entregou o folheto para mim mesmo passando próximo a minha janela e não entregou para outro motorista negro que também ela passou ao lado.
    Fiquei com a cisma eu devo estar errado.
    Vamos fazer a prova então. Fiz um novo retorno para voltar a mesma sinaleira. Deu certo fiz o retorno e parei bem próximo da esquina praticamente ao lado da moça dos folhetos…e adivinhem?
    Ela nem me olhou e foi entregando ao cara do meu lado e fiquei observando pelo espelho a dois carros de mim tinha um outro negro e advinha? Claro ela não entregou a ele.
    Prova feita e realizada.
    Entendi que eu não tinha a cor correta para o empreendimento.
    Segui eu ainda precisava pagar a minha conta.
    Fio da Navalha.

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  • Navalhadas Curtas: Testando a empatia ( Parte 1 )

    Navalhadas Curtas: Testando a empatia ( Parte 1 )

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    Tem dia que as pessoas… tem dia que as pessoas fazem um certo esforço para nos levar um estado diferenciado.
    Infelizmente não tão positivo assim.
    Fui ao banco por uma necessidade mas ao estacionar frente ao Banrisul imediatamente surge um homem na casa dos seus vinte e poucos anos, sem máscara, um pouco sujo com cheiro que misturava um pouco de tudo: álcool, suor e sovaco vencido e excessivamente comunicativo.
    Eu não havia decido do carro ainda e ele já parou próximo bem próximo: pode deixar tá bem cuidado aí!
    Eu disse que sim mas não precisaria pois o caixa ficava em frente ao carro e separado por vidros…eu estaria vendo dali o carro.
    Ele não gostou nada.
    Paciência, nem sempre a gente se agrada de tudo. Entrei rapidamente no banco quando sai ele estava próximo a minha porta do carro e me olhando ou melhor me encarando.
    Fui em direção ao carro ele se colocou meio que lateralmente dizendo: todo mundo tem que colaborar…eu sei que o senhor sacou ali viu…
    Não gostei do tom.
    Mas ainda sim concordei com ele e disse precisava pagar uma conta.
    E não vai sobrar nada? Disse.
    Não respondi ligando o carro e fui saindo devagarinho.
    Fiquei pensando comigo que entendia a situação dele, mas aquilo não estava parecendo um pedido de ajuda e sim uma extorsão com uma certa violência implícita.
    Sai e ele ficou lá atrás gritando alguma coisa que era uma ameaça ao futuro tipo da próxima vez que parares aqui…etc.
    Fio da Navalha.

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  • O Fio da Literatura  |   Simone de BEAUVOIR.

    O Fio da Literatura | Simone de BEAUVOIR.

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    Por uma Moral da Ambiguidade
    ” Os homens de hoje parecem sentir mais vivamente mais do que nunca o paradoxo da sua condição.
    Eles se reconhecem pelo fim supremo ao qual toda a ação deve subordinar-se: mas a exigência da ação os obriga a tratarem uns aos outros como instrumentos ou obstáculos.
    Cada um deles tem nos lábios o gosto incomparável com a própria vida e no entanto cada um se sente mais insignificante que um inseto no meio de uma coletividade cujos os limites se confundem com os da terra: Talvez em nenhuma outra época tenham manifestado seu brilho e grandeza tenham sido atrozmente ultrajada.
    Apesar de tantas mentiras teimosas a cada instante e toda a ocasião a verdade vem a luz: a verdade da vida e da morte e minha solidão e de minha ligação com o mundo, de minha liberdade e minha servidão da insignificância e da soberana importância de cada homem e de todos os homens.
    Uma vez que não logramos a escapar a verdade tentemos pois olha-la de frente. Tentemos assumir nossa fundamental ambiguidade. É do conhecimento das condições autenticas da nossa vida que é preciso tirar a força de viver e razões para agir” .

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  • O Fio da Literatura | Benito Di Paula

    O Fio da Literatura | Benito Di Paula

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    O Fio da Literatura | Benito Di Paula
    O recurso da linguagem da fresta – aquela de que malandramente se vários artistas como Chico Buarque e Gonzaguinha para burlar o cerco da censura = também foi utilizada naquela época pelo cantor e compositor Uday Vellozo, o sambista cigano que ficaria mais conhecido com o nome artístico de Benito di Paula. Autor de retalho de cetim, Charlie Brown e vários outros sucessos populares, este ícone do chamado sambão-jóia também teve a sua carreira musica marcada por ato de repressão política – e como veremos, não apenas da ditatura militar do Brasil.
    Depois de um fracassado compacto com boleros nos anos 60 e de uma longa trajetória como cantos da noite, em março de 1971 Benito di Paula conseguiu finalmente gravar o seu primeiro LP. Mas assim que foi lançado o disco teve quer recolhido das lojas.
    Motivo: na faixa de abertura ele interpreta o samba Apesar de Você, de Chico Buarque. Era uma das primeiras regravações deste samba, que ainda não estava proibido quando Benito o gravou” Mas quando o a música de chico foi cassada o meu disco foi junto também.
    Naquela época não se podia tirar musica de um disco. Hoje em dia aquando há algum problema, você tira a música e coloca uma outra ou não coloca nada.
    A inclusão de Aprese de Você neste primeiro LP de Benito di Paula se deu porque a gravadora Copacabana queria aproveita a experiência do artista como cantor da noite. Decidiu-se então pela regravação de algumas músicas que estavam fazendo sucesso naquela temporada: Jesus Cristo ( Roberto e Erasmo), Na Tonga do KabuletÊ(Toquinho e Vinicius) Madalena (Ivan Lins) Azul da cor do Mar (Tim Maia) – mas ninguém na gravadora poderia imagina que uma dessas regravações, o samba Apesar de Você fosse causada o estrago que causou.
    Num primeiro momento não era obvio para todo mundo que a mensagem de Chico Buarque era endereçada ao presidente Médici. A própria censura só foi perceber isso meses depois do lançamento, quando o compacto de Apesar de Você já tocava na radio e havia vendido cerca de 100 mil copias.

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  • Pelotas Tatuada |  Bero e Xator | Do Lixo ou Luxo  | 2020

    Pelotas Tatuada | Bero e Xator | Do Lixo ou Luxo | 2020

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    Local: Rua Uruguai nº 1577
    Artistas: Bero e Xator

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